quinta-feira, julho 28, 2005

Brian Sean Potter

Brian Sean Potter:

Pai de Arwen. Irlandês, filho único, estudou na Escola de Magia de Ballyhara, na Irlanda, e conheceu Liv, sua esposa, durante o intercâmbio que fez em Hogwarts no seu sexto ano. Auror. Carismático, muito inteligente e sagaz, dotado de um senso de humor sarcástico. Marido apaixonado, pai dedicado e muito zeloso com sua família. Nasceu trouxa, de pai e mãe. E como acontece com a maioria, senão todas as crianças bruxas nascidas completamente trouxas, cresceu vendo e fazendo coisas estranhas acontecerem aos olhos desprovidos de magia. Recebeu a carta de convocação para ingressar na escola de magia aos 11 anos, fato que foi recebido com muita surpresa por todos.
Seus pais faleceram de doenças trouxas (o pai ainda durante a escola, a mãe, 1 ano após ele ter se casado).
Apaixonou-se por Liv na escola e namoraram até o término dos estudos da moça. Ele se mudou por isso para a Inglaterra, e após concluir seu treinamento na Academia de Aurores, casou-se.
A filha nasceu 4 anos após o casamento, linda como a mãe, mas com os olhos do pai.
Foi brutalmente assassinado na Pensilvânia por um vampiro comensal da morte. Estava a serviço do Ministério da Magia. A filha tinha 10 anos e ele nunca realizou seu sonho de vê-la ingressando em Hogwarts.
Arwen Lórien Potter às 21:06 h


Liv Joanne

Liv Joanne Potter:

Mãe de Arwen. Bruxa. Pais bruxos. Filha única como todas as mulheres de sua família. A sua família materna descende longiquamente de Arwen Undómiel e Aragorn de Gondor. Foi uma criança alegre, determinada, muito independente e dona de si. Recebeu a carta de Hogwarts aos 11 anos. Foi uma aluna dedicada e sempre esteve em busca do seu sonho de se tornar medibruxa. Dona de uma beleza exuberante e de um carisma sem igual, o que fez com que ela fosse uma garota muito popular no seu tempo de colégio. Jogava como artilheira no time de quadribol da sua casa, a Grifinória. No seu 5º ano conheceu Brian, um aluno de intercâmbio, proveniente da Escola de Magia de Ballyhara, a escola mágica irlandesa. Apaixonaram-se e casaram-se um ano após Liv terminar os seus estudos.
Tornou-se medibruxa e foi admitida no Hospital St. Mungus para Acidentes e Ferimentos Mágicos.
Teve uma única filha, a quem deu o nome de um antepassado elfo. Foi senhora de uma linda e pequena família e foram felizes até sua filha completar 10 anos de idade. Seu esposo fora assassinado por vampiros na Pensilvânia. Ela continuou residindo em Londres com a filha até o terceiro ano de Arwen na escola. Depois das férias de verão, partiu para Valfenda em busca de seus antepassados e da sua história (contando, claro, com a ajuda de Dumbledore).
No último verão, foi sequestrada por comensais da morte e torturada até a morte pelo Lord das Trevas, servindo de isca para sua filha e o namorado da menina, Harry Potter.

Seus pais, avós maternos de Arwen:

- Kimberly Spellman: Bruxa. Filha única. Dotada de magia élfica. Morreu antes de Arwen nascer, assassinada por comensais da morte no período do império de Lord Voldemort.

- Kevin Spellman: Bruxo. Auror. Morrera assassinado junto de sua esposa, dentro de sua casa.
Arwen Lórien Potter às 20:22 h

segunda-feira, julho 25, 2005

Um dia após o outro

A ala hospitalar parecia o Beco Diagonal nas vésperas do início das aulas.
Num leito próximo a uma janela, Arwen dormia um sono profundo, mas agitado, lívida. O rosto delicado arranhado, hematomas espalhados pelo corpo, muito sangue ainda nas vestes. Ao seu lado, numa maca e ferida, a amiga inseparável, Alexis Dumbledore. Aos pés da cama, o namorado, Harry Potter e seus amigos Rony Weasley e Neville Longbottom.
Madame Pomfrey andava aqui e ali, inspecionando as meninas que se revelaram fantásticas enfermeiras, entre elas May Parker e Morgan O'Hara.

O sol da manhã entrava pela janela e aquecia os corações ansiosos que ali estavam. Muita tristeza, muita desolação e desesperança. O cheiro metálico de sangue era forte e nauseante.

Alvo Dumbledore se juntou aos demais presentes na enfermaria. Estavam ali também Pomona Sprout, Flitwick, Remo Lupin, Severo Snape e... Anna Bright, num leito, onde também jazia inconsciente.

Tanto Arwen quanto Anna padeciam do mesmo mal - foram ferídas pelas gigantescas harpíonas. Além delas, em estado igualmente grave, mais dois alunos do quinto ano da Lufa-Lufa, John Sanders e Charlie McGee. Haviam outros alunos de outras casas que também sofreram ferimentos causados pelo bico adunco da ave, mas em menor gravidade.

- Madame Pomfrey, vão levá-la para St. Mungus? - era Harry quem interrogava o que seria feito dali para frente.

- Não, Potter, não há necessidade... Sam Braithwaite se encarregou de deixar a receita de um antídoto capaz de curá-los todos com um só gole. A srta. Lupin deve estar preparando-a a essas alturas...

Dito isso, Dani Lupin adentrou a enfermaria, carregando um diminuto caldeirão fumegante. A julgar pelo tamanho do recipiente, o conteúdo dele mal daria para uma pessoa se restabelecer. Entregou o caldeirão para madame Pomfrey, junto com 3 copos.

- O que temos só dá para 3 pessoas. Não podemos desperdiçar nada... - disse Dani de olho na amiga desmaiada no leito sob a janela.

Os professores entreolharam-se. Era óbvia a preocupação deles, havia mais doentes do que poção.

- Se me permitem - dizia Snape, com uma visível ansiedade - acho que deveríamos priorizar Anna, que está obviamente mais grave que todos os outros.

- Mas Severo... bom, eu... acho que temos alunos feridos também, alguns tão graves quanto ela. Aquela menina, a Potter... Severo... Alvo... devemos priorizar os alunos - disse com um tom triste, olhando longamente para a professora Brightbelt.

- Ora, ninguém aqui está mais grave que Anna. A Potter é semi-elfa, não vai morrer por causa disso.

Ouvindo isso, Harry cerrou os punhos, mas permaneceu calado.

- Severo... ela corre tanto risco quanto sua esposa ou os outros - disse Dumbledore, num tom apaziguador - E sim, infelizmente, devemos priorizar os alunos. Sendo assim, receberão o antídoto a srta. Potter, o sr. Saunders e o sr. McGee.

Dumbledore acenou com a cabeça para Dani Lupin, que prontamente ajudou madame Pomfrey a servir os cálices.

- E Anna, Dumbledore? E Anna?

- Severo, existem outros métodos alternativos... talvez não sejam tão rápidos quanto este, mas existem. Tenhamos fé, vamos encontrar uma solução.

Dani Lupin se encarregou ela mesma de administrar a poção à amiga.

- Tome isso, Arwen, logo logo você vai voltar a ser a marota de sempre, vamos, beba!

***************************************************************

Minutos se passaram sem que nada diferente acontecesse. Quase uma hora depois de beber passivamente a poção, Arwen começou a dar sinais de melhora. A respiração era mais superficial e pausada. O sono mais tranquilo, o semblante mais sereno.
Não se sabe quanto tempo se passou ali. Dani Lupin debruçada na cama da amiga. No leito ao lado, Alexis observava apreensiva. Harry não piscava os olhos.
E aconteceu.
De novo os olhos cor de mel se abriram. E de novo, puderam ver o mundo.
Dani pulou em cima da cama, abraçando a amiga, ainda tonta. Harry fez sinal de quem iria pular ali também e Alexis tentava descer da cama para se juntar às meninas.
Madame Pomfrey pegou a todos bem no flagra.

- O que pensam que estão fazendo? Andem, andem, hora de deixá-la só! Ela precisa descansar e... SRTA. DUMBLEDORE, O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? VOLTE JÁ PRA CAMA!
Hunf!
Arwen Lórien Potter às 10:31 h

sábado, julho 16, 2005

Duelo de Titã - Final

Por Harry Potter


Ela está viva ainda... eu sinto isso!

Hermione e Neville passaram por mim descabelados, no instante em que eu desencostava da parede fria de pedra.

Harry, o que está acontecendo? Vamos, saia daí!

Dizendo essas palavras, minha amiga explodiu os pedregulhos que obstruiam nosso caminho. Eu estava exausto, esgotado, infeliz.

Hermione, preciso ir à floresta! Se eu não voltar, chamem ajuda, entenderam?

Peraí, você não pode ir sozinho, eu vou com você!, ofereceu-se Neville, já correndo desembestado para além das ruínas.

Eita, mas assim fica difícil, eu também vou!, concluiu Mione um tanto contrariada.

Enquanto corríamos em direção à saída do castelo, podemos percerber que muitos dos invasores haviam sido exterminados. Havia um quê de sossego nos cercando... Acho que enfim, haviam conseguido controlar a situação.

Harry, o que vamos fazer lá? Por favor, nós devemos ficar aqui!, reclamava Hermione, ofegante.

Arwen está lá, Voldemort a atraiu para a floresta!

A amiga colocou uma das mãos na boca e Neville soltou um gritinho de pavor.

Eu sabia! Eu sabia que aquela carta tinha alguma coisa muito perigosa! A mãe dela deve ter sido capturada e aí...

Como ninguém fez menção de responder o ou de concordar com comentário de Hermione, ou ainda pela falta de fôlego, minha amiga resolveu calar-se. Uma decisão muito oportuna, diga-se de passagem.

Alcançamos finalmente o saguão. Trasgos caídos por todos os lados. Arpéus e furanzões feridos, ensanguentados, dilacerados. Comensais estuporados, outros petrificados, alguns mortos. Muitos deles, com certeza, fugiram. Desolação e destruição para qualquer lado que olhássemos.

Vamos, andem!, disse impaciente.

Não vamos precisar ir mais... - Hermione retrucou, visivelmente abalada ? Olhe.

Ela apontou em direção ao buraco onde outrora ficava a porta de madeira maciça que selava o hall de entrada do castelo. Por ele emergiam quatro figuras, um rapaz alto e forte, carregando um corpo no colo...

Paddy O'Connoly entrava pela porta principal, carregando Arwen nos braços, seguido de perto por Marjorie McGonagall e Owen Cadwell.
Corri até eles, ansioso. Hermione e Neville estavam obviamente assombrados.

Ela estava ali, desfalecida, pálida, fria.
Hesitei em fazer a pergunta que gritava dentro de mim... por fim, soltei.

- Ela não está...

Marjorie respondeu-me delicadamente, enquanto caminhávamos a passos largos e apressados em direção à ala hospitalar.

- Não, Harry. Ela não está morta. Ainda. Tem uma pulsação fina e débil, mas tem. Vamos levá-la até Madame Pomfrey. Precisamos aguardar, para ver o que acontece.

- Mas ela não vai...

- Ela ainda corre risco de vida, Harry - disse a moça, bondosamente - isso foi um baita ferimento causado por harpíona.

- Bicada de harpíona não é algo muito simples de se tratar, Harry... se a pessoa sobrevive, pode ficar lesada psiquicamente para o resto da vida, alguns descabam para a loucura e nunca mais voltam ao normal. Isse SE a pessoa consegue... - Hermione ia dizer algo, hesitou e não terminou a frase, mas entendi "SE a pessoa consegue... sobreviver" - Fora o ferimento em si, que aparenta ser muito grave e a fez perder muito sangue... Bom, temos mesmo que esperar.

Calei-me. Não tinha como me controlar. Sentia as lágrimas teimarem em fluir pela minha face, emergindo por trás dos meus óculos trincados e empoeirados, embora eu rangesse os dentes tentando impedí-las.

Façam com que ela não morra! Será minha culpa se ela morrer - eu me torturava, enquanto caminhava até a ala hospitalar.
Arwen Lórien Potter às 12:52 h

sexta-feira, julho 15, 2005

Duelo de Titã - Parte II

Por Harry Potter

Uma risada fria e sinistra ecoava na minha cabeça. Ouvi Crucio e a via se contorcendo de dor...

Pense rápido, Harry, pense rápido! Você PRECISA fazer alguma coisa!

Ouvia agora também a voz dela...

"Não venha, é uma armadilha! Não venha!"

As visões iam ficando cada vez mais claras, mais nítidas, mais reais. Vi então um monstro voador, gigantesco, algo parecido com uma águia de proporções exageradamente aumentadas se aproximando da menina e seu bico atroz apunhalando as suas costas, derramando o sangue dela na Floresta Proibida.

NÃÃÃO!

Ouvia nitidamente o que Voldemort dizia...

"Mate o amor que existe nele..."

Compreendi então qual era o jogo. Eu teria que ir até lá e duelar. Mas eu estava momentaneamente impedido de sair do castelo. Até que eu conseguisse sair daqui, ela já estaria morta. Comecei então uma verdadeira guerra psicológica, instigando uma conversa mental de fritar os miolos. Rebatia os pensamentos externos e malígnos, tentando ganhar tempo.

"Riddle, seu sangue-ruim... Com inveja? Claro, você nunca foi amado, não é mesmo?"

"Afinal, seu pai trouxa sempre lhe odiou e te ignorou a vida toda..."

"E um bebezinho fraco e indefeso como eu era foi o suficiente para te destruir... Te fez virar uma sombra, um expectro mal acabado!"

"Você não sabe o que havia na profecia, Riddle... Vai se arriscar? Você precisa de mim até para viver, infeliz. Se não fosse MEU sangue você seria apenas um projeto de espírito."


Eu podia sentir a minha menina desfalecendo... Eu tinha que pensar em alguma coisa mais efetiva para tirá-lo dali. Lembrei de súbito, das palavras de Dumbledore depois que voltamos do Departamento de Mistérios... Sobre o poder que eu tenho que ele não tem. Lembrei-me imeditatamente da minha visão no Espelho de Ojesed, no primeiro ano, meus pais me abraçando... na felicidade que senti de encontrá-los ali...

Ele retrucava

"Eles estão mortos, infeliz!"

Eu respondia instantaneamnete - "Ora, veja só... mesmo mortos eles ainda me amam! Eu os amo e respeito. Sente isso? Sinta o amor que eu tenho por eles, se for capaz! E me diga... Onde estão seus pais, Riddle?"

Continuei projetando para ele pensamentos da minha felicidade... mostrava a ele como eu fui feliz quando a encontrei... E o quanto ela era importante pra mim... Que independente do que acontecesse, eu a amava e isso ninguém podia tirar de mim! Uma brisa morna começou a circular em minhas veias, aquecendo e confortando a minha alma.

"Eu a amo, Riddle! Alguma vez você foi capaz de amar alguém? Sempre sozinho! E ninguém nunca sentiu amor por você... Só medo e asco!"

Então eu a vi perdendo completamente os sentidos e Voldemort me dizia... "Olhe para ela, insolente. Ela morreu. E você não veio salvá-la... O cadáver dela jazerá aqui até que seja encontrado..."

Segurei o desespero e me mantive firme. Então eu não vi mais nada.
Sentei no chão, num canto, em meio à balburdia, abaixei a cabeça, pensando no que mais eu podia fazer.

(continua)
Arwen Lórien Potter às 21:55 h


Duelo de Titã - Parte I

Por Harry Potter

O castelo fora tomado de assalto. Claro que sabíamos que isso estava por acontecer... mas a rapidez com que armaram o bote foi inesperada.
De repente, vi os corredores sendo tomados por pânico e histeria. Sem falar, é claro, nas criaturas que assombravam cada canto de Hogwarts.
Fomos escalados para permanecer no castelo e nosso grupo inicial acabou se desfazendo... Pelo menos, sabia que Arwen estava bem atrás de mim.

Vultos escuros surgiam de todos os lados, bloqueando o caminho à direita e à esquerda. Os olhos deles brilhavam debaixo dos capuzes que cobriam as cabeças, como pequenas fendas iluminadas na sombra. Lançaram-me um feitiço de estuporação, que bloqueei com um impedimenta, e em seguida lancei um ricktusempra nos archotes que iluminavam a entrada da biblioteca, fazendo com que caíssem no alvo. O fogo espalhou-se rapidamente nas vestes de um, que pude reconhecer: Avery.

Livrei-me desse grupo de comensais, e entrei correndo na biblioteca. Olhei para trás para falar com Arwen e... não a vi ali entre os rostos. Ela já não estava ali junto de mim.

"A floresta! Caramba, ela foi sozinha para a floresta!" - pensei.

Tentei desesperadamente sair do castelo e seguí-la. Avancei pelos corredores com fúria, mas o cerco havia se fechado demais.

Enquanto lutava com os furanzões e mais comensais da morte, imagens estranhas e bem definidas se desenhavam na minha mente...
Podia ver claramente Arwen numa clareira, com um corpo inerte de mulher no colo... Ela chorava e sofria...

NÃO!

Tentei correr e sair de novo, sem sucesso. Um trasgo havia interditado a passagem do corredor onde eu me encontrava... Outro comensal avançou em minha direção, lançando-me um cruciatus. Joguei-me no chão, escapando por um triz da rajada de sua varinha, agarrando as pernas do comensal, fazendo com que caísse no chão. Neville Longbottom apareceu, petrificando-o.

Valeu!

E de novo, a maldita imagem aparecia diante de mim... agora constante, límpida, sem interrupções...
Encostei-me num canto próximo à passagem interditada. Eu via nitidamente Arwen no chão... agora com face de dor lacinante... e uma voz intrometida na minha cabeça...

Venha buscá-la...

Reuní forças, berrando PETRUS EVANESCA!

E as pedras não moveram-se sequer 1 cm.

Vi então um vulto escuro aproximando-se dela...

VOLDEMORT!


(continua)
Arwen Lórien Potter às 21:53 h


A sombra e a escuridão

Corri até minha mãe estirada no chão e a coloquei no meu colo. Eu chorava convulsivamente. O pânico, mais que nunca, havia me tomado conta. O que seria de mim se o pior acontecesse com ela? Lembrei-me de quando perdi meu pai. Não queria perdê-la, eu não podia perdê-la!

- Mãe, não se preocupe, vou te tirar daqui!
- Minha filha, vá embora, vá enquanto é tempo...
- NÃO! Eu não posso! Vamos sair daqui juntas, você vai ver!
- Você PRECISA ir, vá, ande, volte rápido...
- Mãe, eu não vou te deixar aqui!
- Volte rápido, não há mais tempo para mim e eles estão atrás de você!

A voz dela estava fraca. Só então percebi que havia um ferimento em seu abdome. Assustei-me com a quantidade abundante de líquido vermelho que jorrava da lesão. Fitei minha mãe, assombrada.

- O que foi isso?
- Filha, não há tempo para explicações. Vá embora. E me prometa... que você... não vai... ficar com... o menino...Harry Potter...
- O que?
- Filha, você está correndo risco... se ficar com ele... vá...
- Mãe!
- Não fique... não case... nem com ele... nem com nenhum mortal...
- Mas mãe! Eu amo o Harry! Não diga isso, você vai ficar boa e vai ver que nós...

Ouvi ruídos de passos nas folhas secas no chão...
Um vulto escuro, alto, magro, apareceu entre as árvores que circundavam a clareira.
Apontou algo que parecia uma varinha e disse pausada e friamente:

Avada kedavra.

Minha mãe acabou de desfalecer no meu colo. Eu soluçava e gritava tamanha a dor que sentia me corroer. Olhei cheia de ódio e rancor para o ser que estava diante de mim. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa para atacá-lo, ele me amaldiçoou.

Crucio!

Enquanto eu gritava de dor, meu corpo se contraía involuntariamente. Ele se aproximou, ficando diante de mim. Então pude ver os olhos em fenda, como os de uma cobra, vermelhos como o sangue que jorrava do corpo da minha mãe, que agora jazia inerte nos meus braços... Voldemort.

Menina tola. Você é muito preciosa para ser destruída por um comensal qualquer. Fiz questão de vir eu mesmo pôr as mãos em você... elfa.

Eu não conseguia falar, somente me contorcer, gemer, gritar... Ele conservava a face congelada.

Isso mesmo... muito bom... sofra... sinta a dor e o tormento da maldição cruciatus. Enquanto isso, seu herói de fraldas assiste aquela que lhe é mais cara sofrer... Ele virá até você...

Reuni forças para gritar, mas tudo o que saiu dos meus lábios foi um gemido.

- Ele não vai... cair... de novo...

Ora, garota tonta, é claro que ele virá... estou apostando nisso. Aposto no prazer que ele tem de bancar o herói sempre que possível... Seja paciente, ele virá.

Eu continuava me contorcendo no chão. Pedia mentalmente para que Harry não viesse atrás de mim.

Garota imbecil. Não percebe que suas ondas telepáticas não são páreo para a sintonia que tenho com aquele fedelho metido a poderoso? EU controlo a mente dele. EU faço com que ele veja o que EU quero.. E o que ele vê agora é você... sendo torturada. O amor da vida dele sendo trucidada... sofrendo... isso menina... sofra bastante... o idiota virá em seu socorro...

Não sei de onde tirei forças para gritar...

- NUNCA!

Bom, vamos melhorar isso então... Que tal incrementarmos mais a nossa... brincadeira?

Voldemort soltou um silvo agudo e uma enorme sombra apareceu no céu, sobrevoando a clareira.
Uma ave gigante e grotesca vinha em nossa direção, perdendo altitude... Cada vez mais próxima...

Harpíonas! - pensei.

Não pude fazer muita coisa. A ave aproximou-se de mim com brutalidade, enterrando o bico em minhas costas.

Boa menina... e agora, elfa? Como se sente? Fraca? Deprimida? Morrendo?

O sangue empapava as minhas vestes rasgadas e imundas. Eu me sentia febril, estava tendo alucinações. Podia ver o pânico no rosto de Harry assistindo sabe Merlin como aquela cena. Eu o via tentando sair do castelo sem sucesso... via de novo os últimos momentos de minha mãe... ouvia as palavras dela repetidamente...

"Não fique com ele"

Isso menina. Você não vai mesmo ficar com ele. Continue sofrendo... faça-o sofrer! Mate o amor que existe nele! Desperte nele todo ódio que ele pode sentir!

Fui me sentindo cada vez mais fraca... mais febril... Pude ouvir Voldemort dizendo palavras desconexas como se Harry estivesse ali, diante dele.

"Potter, isso não funciona comigo. Vamos, sofra, olhe só, como ela está indo... Venha buscá-la, garoto! Observe a vida dela se esvaindo... indo embora... Vê o sangue, insolente? Venha, venha buscá-la..."

"Não tenho medo de você... Moleque!"

Voldemort parecia torcer os traços eventualmente, apertava os olhos como se uma luz o estivese cegando...

Minha vista se turvava cada vez mais... ouvi-o dizer "Olhe para ela, insolente. Ela morreu. E você não veio salvá-la... O cadáver dela jazerá aqui até que seja encontrado..."

Pude ver ainda entre brumas o bruxo virar-se de costas e sumir nas sombras...
Pude também ouvir alguns passos que vinham.
Uma silhueta algo avantajada aparecia entre as árvores, soltando um grito de terror.
Aproximou-se mais de mim, seguido de umas duas ou três pessoas... Uma delas de contornos femininos...

Paddy O'Connoly! - pensei em dizer, mas minha voz não saiu.

E tudo ficou escuro... turvo... o alívio da dor é uma benção... ainda que sombreada pela morte.
Arwen Lórien Potter às 21:50 h


Corra Arwen, corra...

Poucos minutos após o Chapéu Seletor definir para onde iriam, os corvinais e lufa-lufas, que estariam fora dos limites internos do castelo, partiram para a sua missão. A professora McGonagall nos distribuiu em grupos nas diversas partes do castelo, bem como fez Snape com seus alunos sonserinos. Ficamos juntos Harry, eu, Denis Creevey , Parvati Patil e Nathalie McDonald. Harry me segurava fortemente pelas mãos, como se eu fosse escapar a qualquer momento. Ele cochichou - não saia de perto de mim, ok?

Assenti com a cabeça e rumamos para o corredor próximo à bliblioteca. Mal chegamos e o caos já se instalava por todo o castelo. As crianças do primeiro ano, apavoradas, gritavam agudamente, causando um ruído ensurdecedor. Por todos os lados ouviam-se pancadas e baques surdos de enormes pés de trasgo pisando brutamente e destruindo as paredes e o chão.
Estávamos de varinhas empunhadas e Harry estuporou um furanzão obsceno, que nos atacava.
Um grupo de goblins vinha em nossa direção, eram aproximadamente uns 20, e nos cercaram.

ESTUPEFAÇA!, berrei.

Continuamos lançando rajadas vermelhas das nossas varinhas. Ora estuporando bichos, outras os meninos travavam batalhas corporais com os intrusos.

Paredes inteiras começaram a desmoronar, e uma enorme pedra atingiu em cheio a perna de Denis Creevey. Harry pediu a Nathalie que tentasse levá-lo para algum lugar seguro, com muito cuidado.

Os corredores agora estavam tomados por alunos desesperados em fuga, acompanhando alguns alunos mais velhos, que tentavam escondê-los nos armários de vassouras. Alguns comensais começaram a ser vistos circulando com as cabeças cobertas, maltratando as crianças e molestando as jovens. Corremos até o final do corredor, Harry, Parvati e eu, quando fomos interceptados por Macnair, o antigo carrasco de Bicuço. Ele apontou a varinha em nossa direção e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, gritei EXPELIARMUS atrás do Harry, que por sua vez berrou ACCIO VARINHA!, recolhendo-a.
O comensal partiu para cima de nós com as mãos, capturando Parvati.

Parvati, não se mexa, PETRIFICUS TOTALUS!

Nos misturamos no meio do tumulto. Foi quando minha cabeça girou e eu pude ver...

A floresta estava escura, chuvosa, e minha mãe correndo, chamando por mim, em prantos...

Foi uma fração de segundos, e eu me perdi do grupo no meio do reboliço. Não pensei em mais nada. Corri desesperadamente em direção ao hall de entrada do castelo, escorregando como sabão dos trasgos e furanzões, abaixando-me, esquivando-me para não ser atingida por nenhum feitiço e, de uma maneira incrivelmente fácil e ilesa, consegui sair do castelo.

Agora eu corria nos gramados sombrios, sob o céu escuro e sem estrelas, em direção à floresta.


Alcancei a orla da mata depois de poucos minutos. Por todos os lados para onde olhava, via jatos de luz entre a folhagem, gritos e mais seres não humanos atacando aqui e ali. Havia também ali trasgos, goblins, smoke makers, sem face e outras tantas criaturas malévolas. Eu corria alucinada, com a visão repetitiva da minha mãe cada vez mais clara em minha mente. Um enorme galho rasgou a pele do meu braço, mas não parei para ver, continuei correndo, correndo, correndo...

Um comensal que não pude ver o rosto no meio da escuridão pulou na minha frente, tentando me impedir de prosseguir. Gritou "tarantallegra", e num reflexo, berrei PROTEGO, e o feitiço voltou-se contra o comensal, fazendo suas pernas sapatearem freneticamente. E continuei correndo.

Boa menina, boa menina...

Corra, Arwen, corra...


Uma voz ecoava na minha cabeça, dizendo essas palavras.
E eu via de novo a cena da minha mãe caída no chão, chamando-me.

Corra, Arwen, corra... não há tempo para espera... corra...

A escuridão finalmente tomou conta da floresta. Os gritos agora estavam bem longe e umas poucas faíscas podiam ser vistas bem mais aquém de onde eu estava... as árvores ficavam cada vez mais densas, de maneira que era difícil correr, eu apenas conseguia caminhar impaciente.

Lumos!

A ponta da minha varinha se acendeu e continuei caminhando...

Isso menina... venha até mim...

Um arrepio de pavor atravessou minha espinha dorsal como um curisco. Eu devia estar chegando no coração da floresta. Por alguma estranha razão, eu sabia para onde devia ir... meus pensamentos me indicavam a direção a seguir... meu coração guiava meus pés...

Foi quando eu de fato ouvi a voz de minha mãe.

Tentei correr até alcançar uma pequena clareira. Eu sabia que aquela voz tão querida vinha dali. Afastei a folhagem de algumas árvores mais baixas e então eu pude ver.

Ela estava ali, caída no chão, com o rosto sujo e lágrimas nos olhos.

(continua)
Arwen Lórien Potter às 21:45 h


A primeira tarefa

A noite caiu pesada e tensa sobre a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Chovia muito e os alunos e professores estavam agitadíssimos no Salão Principal. O Expresso Hogwarts for a atacado e destruído por goblins, o pânico se estampava nos rostos apreensivos e aterrorizados dos alunos que foram obrigados a voltar. Harry defendeu algumas crianças do primeiro ano no trem em apuros, mas saiu ferido, como a maioria. A cena do goblin matando Grisha Gargarin ainda estava nítida em sua mente e uma forte sensação de urgência crescia dentro de si. Olhava para o tumulto no salão sem focar em nada.
Estava perdido nos seus pensamentos. Na profecia. Na luta que teria que travar algum dia, e que parecia estar cada vez mais próxima.

As faces aflitas dos estudantes passavam por ele. E ele viu um rosto familiar. Um rosto alvo, emoldurado por longos cabelos negros, olhos cor de mel, aparência angelical e orelhas pontudas. Sentiu um aperto no peito. O que aconteceria com eles a partir daquele momento?

Ela não sabia da profecia que lhe dizia respeito. Nunca teve coragem de lhe contar. E agora, com o desfecho dela desfilando diante dos seus olhos, ele não podia deixar de imaginar o que se passaria na cabecinha da namorada quando ela soubesse. Quando ela descobrisse que para ele sobreviver novamente, teria que se tornar um assassino. Matar ou morrer. E, decididamente, morrer não seria sua primeira opção.

Ela se aproximou correndo e se jogou nos seus braços, angustiada.
- Harry, que bom ver você! Que bom vê-lo inteiro! Eu estava tão preocupada!
- Ei, bom muito bom ver você também!

Abraçaram-se demoradamente. O zum zum no salão foi serenando e eles então prestaram atenção no que acontecia ao redor. Os professores entravam um a um, enfileirados. Dumbledore ia na frente, carregando nos braços o velho Chapéu Seletor. Arwen procurava as amigas com os olhos aflitos.

Ao se acomodarem como podiam, colocou o Chapéu sobre a mesa defronte as mesas das casas, sobre uma toalha muito branca. O céu enfeitiçado do salão estava chuvoso, sombrio, denso.
Dumbledore então tomou para si a palavra:

Caros alunos e professores. Estamos aqui reunidos para informar-lhes notícias pouco... animadoras.

O diretor olhou para a mesa dos professores e percebeu que faltavam dois deles. Hagrid e Anna Brightbelt Snape. Ao fazer essa constatação, as portas do saguão se escancararam numa forte pancada e Hagrid entrou enxarcado.

Desculpem-me o atraso. Eu estava nos portões da escola fazendo uns últimos... ajustes, se é que me entendem...

- E a professora Brightbelt, onde está, professor Snape?

- Ela está se sentindo muito mal com todos esses acontecimentos... Preferiu ficar de repouso nos seus aposentos. Já providenciei medidas para que ela fique em segurança enquanto nos reunimos.

- Então podemos começar. Pois bem. Caros alunos e professores. Se havia algum momento que temíamos muito, é esse. Hogwarts está cercada por comensais e criaturas malignas fecham o cerco. A floresta de nossa propriedade está tomada de seres das trevas, o povoado de Hogsmeade dominada por trasgos, goblins e furanzões. O castelo pode não resistir por muito mais tempo.

Os olhinhos na multidão de estudantes brilhavam apavorados. O velho professor olhava penalizado para as cabecinhas nas mesas.

Não há como isolar nenhum de nós. Se há um momento para lutarmos, esse momento é agora. Os monitores das casas estarão incumbidos de protegerem as crianças. Os mais velhos deverão ser divididos em grupos, que serão compostos por membros de suas casas e liderados por professores, que deverão ficar alertas para a batalha iminente. Um grupo deverá ir à Floresta Proibida, outro a Hogsmeade. Os restantes, deverão ficar e defender o castelo.

Fez uma pausa, pensativo. Depois continuou:

Para que a divisão dos locais a serem cobertos fosse o mais justa possível, resolvemos optar por um juiz imparcial, que nos dirá aonde irmos.
E apontou para o Chapéu Seletor.

Harry olhava atento para o rasgo no Chapéu. Arwen moía-lhe os dedos da mão que segurava.

E o Chapéu começou a sua música sombria:

"Há muito tempo se espera
Pelo momento que se aproxima
Serei breve, não temam
Nada de firulas ou muita rima.
O mal através das muralhas se espalha
E toma os arredores sorrateiro
É chegada a hora de lutarmos
E despertar em nós um guerreiro.

E agora o Chapéu Seletor aqui está
E todos vocês sabem pra quê
Eu divido vocês entre casas
Pois essa é minha razão de ser
Mas hoje farei mais que escolher
Ouça atentamente a minha canção
Embora condenado a separá-los
Cumprirei diferente essa obrigação
Mostra-nos os sinais que nos rodeiam
Que nossa Hogwarts corre perigo
Que vem de inimigos externos, mortais
E precisamos nos unir em teu seio
E dividirmo-nos de dentro para fora
Avisei a todos, preveni a todos.
Daremos início agora à divisão.

Os que à Lufa-lufa pertencem
À floresta proibida devem ir
Os seguidores de Ravenclaw
Para Hosmeade devem partir
A casa do grifo e a da serpente
por uma razão mais que evidente
Deverão ao Castelo servir
Defendendo juntas o patrimônio
Que há mil anos vi construir.

Boa sorte jovens guerreiros
E que Merlin a todos proteja."


Após terminada a canção, Dumbledore recolheu o chapéu e ordenou que os diretores das casas se preparassem para rumarem com alguns professores para os seus respectivos destinos.

Harry observava tudo atentamente. Era chegada a hora.

Nota da autora: Alguns versos da canção do chapéu foram extraídos do livro HP e a OdF, feitas as devidas modificações.
Arwen Lórien Potter às 21:39 h


O enigma da carta

Estávamos defronte a lareira da sala comunal da Grifinória Harry, Ron, Mione, Neville, Gina, Alexis e eu. Alexis lia a carta da minha mãe.

"Filha querida!

Espero que você esteja bem. E espero que esta carta chegue a tempo...
Infelizmente não estarei em Valfenda nessas férias. Vou estar com os elfos da Floresta Proibida, aí mesmo nos terrenos de Hogwarts. Quando eu chegar, dou um jeito de te avisar. E então você pode ir me visitar e ficar comigo...
Então eu lhe peço: NÃO embarque no Expresso Hogwarts na segunda-feira. Você deve ficar no castelo até eu chegar. Dar-te-ei o sinal e você virá me encontrar na floresta para que eu a leve até os elfos.

Beijos com amor,

Mamãe."


Alexis: Arwen, muito estranho... Dumbledore não disse que enviaria um mensageiro a Valfenda para acertar sua estada em Lórien e tudo o mais? Sua mãe saberia disso.

Gina: E, ELFOS NA FLORESTA PROIBIDA? Desde quando?

Mione: Desde quando eu não sei... mas acho que deveríamos levar essa carta a Dumbledore, Arwen. Concordo com a Alexis, isso está me parecendo bem estranho.

Ron: Uai, mas deve ser legal ter elfos na floresta! Quero dizer, eles são muito... interessantes, e eu não duvido que tenha um punhado deles lá. Afinal, tem de tudo naquele matagal mesmo...

Mione: Nâo discordo de você que deve haver alguns elfos na Floresta Proibida. Mas você não acha estranho o fato de essa carta ter chegado agora, e sugerindo que Arwen vá à Floresta? Arwen, dá pra saber se essa caligrafia é realmente da sua mãe?

Eu: É sim. Gente, eu não estou com bom pressentimento... Acho que minha mãe corre perigo...

Harry: Eu acho é que você quem corre perigo.

Eu: E eu acho que VOCÊ corre perigo.

Alexis: Gente, gente. Caiam na real! Todos corremos. Putz, vocês não percebem? Frio nas masmorras, Anna sendo atacada por um bando de comensais ninjas na floresta, aquelas aves medonhas sobrevoando a escola... o tal Sorolenko morto... os pesadelos da Arwen, a Trelawney sendo usada por aquele povinho malévolo pra ameaçar o August Longbottom... Tá tudo muito sinistro aqui!

Mione: Também acho. Temos que mostrar essa carta a Dumbledore. Vamos!

Saímos em comitiva pelo quadro da Mulher Gorda em direção às gárgulas de pedra do escritório do diretor. Encontramos Lupin e Shacklebolt rondando os corredores.

Lupin: Aonde pensam que vão?

Mione: Professor, nós precisamos ir até o Prof. Dumbledore mostrar a ele uma coisa.

Lupin nos olhou desconfiados.

Lupin: Vocês não devem sair à noite das suas casas, fomos bem claros. E que coisa é essa que vocês precisam mostrar?

Eu: Professor... recebi uma carta da minha mãe. O senhor sabe da minha situação, acho que também pode ajudar.

Ele leu a carta e entregou-me, com ar pesaroso.

Lupin: Dumbledore no momento está muito ocupado. E não se encontra em seu escritório. Voltem imediatamente para a casa de vocês. E, Arwen: Não-saia-do-castelo! Sob hipótese alguma! Não vá sozinha atrás da sua mãe! Qualquer coisa estranha, comunique a mim, ou ao Shacklebolt. Estamos entendidos?

Ele fazia um ar extremamente sério e preocupado. Continuou:

Lupin: E vocês, nada de passear nos corredores durante a noite, seja qual for o motivo. E, se são amigos dela: não a deixem sair do castelo. Agora voltem.

Harry apertou a minha mão que ele segurava, com força. Olhou-me com os olhos ainda mais verdes. Sem dizer nada, entendi.

Eu: Prometo que não saio daqui sem você.
Arwen Lórien Potter às 21:36 h


A hora da verdade

Lá estávamos o trio parada-dura na beira do lago fuxicando, pra variar. Dani Lupin e Alexis Dumbledore riam às minhas custas, dizendo não saber porquê Dumbledore me pediu para que eu não desobedecesse nenhuma regra nos próximos dias.

Hahahahaha, desobedecer as regras! Mas quando é que você faria isso? Alguma vez alguma de nós desobedeceu a UMA única regra sequer??? - zoava Dani, e nós ríamos. Eu amo esses encontros com as minhas amigas. Pelo menos eu tenho um pouco de paz e me esqueço de pesadelos, coisas estranhas e outras sem sentido.

Do que estão rindo? Eu também quero rir!
Harry se aproximava de nós. Sentou-se ao meu lado, passando o braço na minha cintura e deu-me um beijo na testa.
Minhas amigas entreolharam-se, com aquelas caras de "ops, lugar errado, hora errada". Levantaram-se num salto.

Bom, já estávamos mesmo de saída. Bye, pombinhos!

Ficamos então a sós. A vontade de sorrir foi-se embora com as nuvens passageiras no céu. Eu fixava o lago, ruminando meus pensamentos. Resolvi que não poderia esconder mais dele o que vinha acontecendo. Decidi tirar o peso do silêncio das minhas costas e dividir com ele.

Harry... eu ando tendo pesadelos. Terríveis. Praticamente todas as noites. E eles vêm se tornando cada vez mais nítidos... Um pavor, luzes, escuridão... e acho que alguém morrendo... Não sei se tem a ver com você... mas...

Vai começar a dar uma de Sibila agora? Vendo presságios de morte para a minha pessoa também? Acho que essa monitoria de Adivinhação não está te fazendo muito bem... Ora, vamos, deixa disso. Afinal, todo mundo sabe que eu corro esse risco mesmo, natural alguém próximo a mim, como você e meus amigos ficarem mais preocupados.

Baixei os olhos pensativa. Bem que eu queria acreditar nisso. Que fossem só sonhos ruins e que segunda-feira todos estaríamos a bordo do Expresso, indo embora para as férias, e em setembro voltaríamos a nossa vidinha trivial...

Ah sim... Dumbledore me pediu para te dizer que você... fechasse sua mente. Pensei que as suas aulas de oculomência tivessem acabado. Você também está me escondendo alguma coisa... Eu posso sentir.

Foi a vez de Harry fitar as águas claras do lago como quem olha para coisa alguma. Calou-se por alguns minutos. Tomou fôlego e começou:

Nâo sei como ainda fico impressionado com Dumbledore. Ele realmente sabe de tudo o que acontece...

Tudo? - perguntei, interessada.

Ok, a hora da verdade. Andei conversando comigo mesmo outro dia, aqui nesse mesmo lugar. E uns pensamentos invadiram minha mente, como que vindos de fora mesmo, como se alguém dissesse algo dentro da minha cabeça... - fez uma pausa, apreensivo - e, engraçado, dizia que quem corria risco de vida era você.

Muito bom, Sr. Trelawney! - e ri - acredito sinceramente que todos nós, sem exceção, corremos risco por esses dias... tudo tão tenso, tão estranho... sinto cheiro de maldade e atrocidades no ar. Você também sente? Mas ainda acho que quem mais corre riscos, sem dúvida, é você.

É o seguinte: o tal pensamento dizia que você... que você seria usada como isca. Para me atingir. Entende? Me diga que entendeu a gravidade disso e, por favor! Não me faça NADA, eu disse NADA que possa te colocar em risco, ok? Me promete isso?

As últimas palavras de Dumbledore ecoaram na minha cabeça. Então tudo fez sentido. E meu queixo, eu tive que pegar na grama.

"Não desobedeça nenhuma regra..."

Uma sombra apareceu no meu campo de visão. Olhei para cima e vi uma ave branca... uma coruja...

Edwiges? - pensei.

Mas ao se aproximar pude reconhecer a coruja.

Galadriel! Carta da minha mãe? Agora, quase nas férias???
Arwen Lórien Potter às 21:35 h


As sábias palavras de Dumbledore

Alcançamos a gárgula na entrada do escritório do professor Dumbledore, Lupin e eu. Ele murmurou as palavras "torta de baunilha" e as estátuas se moveram, revelando uma escada espiral de pedra escura. Não era a primeira vez que eu estava ali, sem dúvida. Mas sempre o que me levara até aquelas escadas foram problemas. E lá estava eu, mais uma vez, com o estômago contorcendo e as mãos suando frio.
Alcançamos os degraus e as escadas começaram a girar, nos levando para cima. A porta do escritório estava aberta, e Dumbledore sentado em sua mesa, olhando por cima dos óculos de meia lua em nossa direção, com um meio sorriso nos lábios.

- Entrem, entrem - disse o professor indicando com as mãos duas poltronas defronte sua mesa.

Nos acomodamos e então professor Lupin começou:

- Professor Dumbledore, gostaríamos de contar algumas coisas e trocar algumas idéias...

- Claro, claro. Pois não, srta. Potter? O que deseja?

Contei resumidamente o que disse ao professor Lupin, que por sua vez, comentou sobre o que havia me dito. Dumbledore ouvia silencioso. Fez uma pequena pausa, e pronunciou-se:

- Aceitam chá com bolachas?

Conjurou um bule fumegando, xícaras e uma cestinha com biscoitos.

Tornou a falar, franzindo a testa, pensativo:

- Lupin está certíssimo, Arwen. Você pode e deve aprofundar-se mais no conhecimento da magia dos seus antepassados. No entanto...

Permaneceu pensativo, fitando-nos como se olhasse através de nós.

- No entanto, acho pouco provável que você consiga fazer isso aqui, em Hogwarts. Muito pouco se sabe nesse lado do mundo sobre os elfos do norte. O que temos disponível, em sua maioria, são contos e lendas. Você pode aproveitar esse material, sem dúvida, mas acredito que você necessite de algo mais.

Eu permanecia quieta, só ouvindo.

- De fato, você precisa se conhecer e aprender a lidar com todos os dons que possui. E descobrir mais alguns, se for o caso. Há muita magia em você, muito mais do que imagina. Mas a escolha deve ser sua. Se quiser, poderemos tomar as providências necessárias. Caso contrário, respeitaremos.

Falei, finalmente.

- E se eu quiser? O que eu preciso fazer?

- Você já foi para Valfenda. Aprendeu um bocado, voltou mais madura. Mas não encontrou lá o que buscava primariamente: a origem da sua vidência. Acho que você deve ir para a Floresta de Lothlórien. Mas é uma idéia. Se quiser, posso mandar um mensageiro a Elrond e iniciar os trâmites. Mas veja bem: você só irá nas férias, certo?

- Sim, senhor - concordei.

- E quanto aos seus sonhos... bom, pense neles como pesadelos comuns. Mas que sirvam de alerta. Algo pode estar por acontecer.

Concordei com a cabeça. Lupin sorriu.

- Agora vá.

Acenamos com a cabeça, em silêncio e nos dirigimos de volta à porta. Dumbledore então pronunciou-se mais uma vez:

- Ah, srta Potter! Faça-me o favor de dizer ao Harry que tente fechar mais a mente!
E, como diria o velho Moody, vigilância constante! Isso serve para a senhorita também. Ah sim! Ia me esquecendo. Não desobedeça absolutamente regra ou ordem alguma. Estamos entendidos?

Piscou o olho esquerdo e virou-se de costas, caminhando em direção à sua mesa.

Voltamos para o saguão em silêncio. Lupin me olhava de vez em quando como que tentando adivinhar o que se passava na minha cabeça, mas não perguntou nada.

Lá vou eu fazer as malas outra vez.
Arwen Lórien Potter às 20:41 h


Sou elfa sim, e daí?

- Ora, vejam só, o casal Potter fez as pazes! Que lindo!!!

Eram Dani Lupin e Alexis. Eu havia combinado durante o café da manhã encontrá-las no lago. Queria contar a Dani o último pesadelo (contei para Alexis cedinho, logo ao acordar).

Harry nos deixou lá relutante. Eu não queria contar a ele o sonho com tantos detalhes, afinal... a pessoa do pesadelo bem que podia ser ele e ele saberia disso, se eu contasse. Não queria preocupá-lo com mais isso. E além de tudo, poderia mesmo ser só um pesadelo e eu estar exagerando.

- Então meninas, o que acham? Pensei em procurar seu pai, Dani. Quem sabe ele não pode me dar alguma luz?

- Papis? Claaaaaro! E se não puder também, nós só vamos saber perguntando. Vamos lá!

Corremos até a sala do professor Lupin. Dani abriu a porta, enfiando a cabeça para dentro e deixando o corpo do lado de fora.

- Pai? Cê tá aí?

- Olá meninas! Entrem! Nossa, que carinhas misteriosas! Sentem-se - disse ele estendendo a mão mostrando um sofá e nos olhando com cara de quem estava tentando adivinhar se havíamos aprontado alguma - O que vocês estão arrumando?

Sentamos no sofá Alexis e eu. Dani puxou uma cadeira. Lupin sentou-se na sua escrivaninha.

- Então?

- Pai, a Arwen precisa te contar uma coisa.

Contamos a ele os pesadelos que vêm me perseguindo há algumas semanas, enfatizando o último. Falei do receio de a pessoa do sonho ser o Harry e a minha relutância em acreditar que esses sonhos possam ser "avisos", os tais "sonhos proféticos" dos quais Trelawney sempre fala. Ou se são somente projeção dos meus temores...

- Bom, eu acho - começou a falar o Lupin, e as minhas amigas arregalaram os olhos e esticaram bem as orelhas - eu acho que gostaria de conversar com a srta. Potter à sós. Vão andando, vão andando.

- Mas pai, nós...

- Sem mais, dona Daniela, andando, as duas!

As meninas saíram desapontadíssimas. Acabei ficando mais apreensiva, quanto suspense! Lupin voltou da porta, sentando-se ao meu lado na poltrona.

- Arwen, existem vários pontos a conversarmos. O primeiro é saber se os seus sonhos são reais ou não. Na realidade, o que importa? Quando algo nos é mostrado, veja bem, me refiro a algum acontecimento futuro... pode ser que seja para que façamos algo na tentativa de mudar o que nos está sendo revelado. Mas a experiência nos mostra que são essas tentativas de modificar o futuro é que fazem as coisas acontecerem. Então, o que eu te peço? Estude mais, Arwen.

Minha cabeça deu um nó e eu entendi praticamente, as 3 últimas palavras do professor.

- Estudar MAIS AINDA adivinhação, professor Lupin???

- Sim, porque só dessa forma você vai ter discernimento para fazer as suas escolhas. Mas não acho que você deva estudar essa Adivinhação que temos aqui em Hogwarts. Acho que você deve buscar suas raízes. Aprofundar-se no que você é.

- Como assim, professor?

- Arwen, me diga - o que você é?

- Bruxa, oras. Bom, na verdade... aprendiz, né?

- Sim, você é bruxa. Mas me diga. Você é igualzinha a maioria? O que te difere dos outros alunos?

- Eu sou elfa? Mas professor...

- Arwen, você esteve fora durante algum tempo... não notou nada... mágico aonde esteve?

- Tudo.

- Pois então. É desse conhecimento que estou falando - a magia dos elfos. O que acha de conversarmos com o professor Dumbledore? Acho que ele vai gostar de saber de seus pesadelos e tenho algumas sugestões para fazer... Vamos?

Saímos da sala do professor Lupin. E eu, pensativa.
Lá vem bomba.
Arwen Lórien Potter às 20:38 h


Uma isca perfeita

Harry recebeu de Giovanna Sprout uma lista de dicas de como tratar a namorada e conservar os dentes intactos.
Olhava para o pergaminho e relia, meneando a cabeça.

Mas do jeito que ela fala parece até que eu sou um lerdo, que só falo de quadribol e problemas, que tenho ciúmes da minha própria sombra e vivo de bico 24 horas por dia!, reclamava Harry.
E não é assim? - disse Hemione. E ainda some à essa listinha que você fez de qualidades, cabeça-dura.
- Eu não sou cabeça-dura! Sou só...
- Teimoso e empacado, praticamente uma mula. Agora anda, tome a sua lista e faça alguma coisa antes que perca a namorada.
Harry foi para a área externa do castelo e sentou-se na beira do lago. Era uma manhã bonita e clara de verão. Nenhuma nuvem no céu. As águas do lago moviam-se numa marola de vez em quando, por causa dos movimentos ondulantes da lula gigante. Ele ruminava seus pensamentos.

"Por onde eu começo? Pedir desculpas eu já pedi. E para todas as outras coisas eu preciso que ela me desculpe...
...Beijos decentes! O que a Sprout quis insinuar com isso??? Não trato a Arwen como se fosse minha irmã mais nova!
Caraca, aonde eu estou com a cabeça? Tanta coisa esquisita acontecendo, tantos pesadelos, tanta tensão e eu aqui, pensando em como agradar uma menininha de 15 anos! Eu devo ter comido bosta de dragão!"

E surgiu uma resposta inesperada em seus pensamentos...

"Talvez você realmente goste dela..."

Ele respondeu ao pensamento externo automaticamente.

"Se eu gosto dela? É claro que gosto! Não existe outra explicação para o gelo estar me incomodando, existe?"

"Talvez você tenha medo de perdê-la... afinal, é uma companhia... e você, muito só. Diga-me Harry, e se ela morresse? O que você faria?"

"Morrer? Que coisa! É mais provável alguém tentar me matar, afinal, quem tentaria e porquê..."

Foi então que a idéia germinou. "Poderiam usá-la para me atingir... Como fizeram com Sirius... Ela seria uma boa isca..."

Harry sentiu seu estômago virar do avesso. Suas mãos tremiam e suavam frio. Sua cabeça rodopiava e a cicatriz ardia.

"Não, isso não pode acontecer... Não vai acontecer..."

- Harry? Falando sozinho?

Ele olhou para cima e viu Arwen. Levantou-se num salto, tomou-a nos braços, abraçando-a com força e acariciando os cabelos longos e negros da namorada.
Afastou seu rosto suavemente e olhou-a demoradamente, fitando os olhos cor de mel da garota.

- Promete que não vai me deixar?

Ela sorriu, sem entender o que estava acontecendo.

E ele a beijou intensamente. Como nunca havia feito antes.
Acho que a lista de Giovanna deu algum resultado.

***************************************************************************

Fora de Hogwarts, uma voz feminina ria friamente.

- A isca foi lançada. Agora é só esperar o peixinho morder.
Arwen Lórien Potter às 20:33 h


Lições de Giovanna Sprout

Por Giovanna Sprout

Hermione aproximou-se correndo, com Rony a tiracolo, empurrando Harry para que sentasse ao meu lado. Olhei pra eles com cara de ponto de interrogação, e então Hermione começou:

HG: Gi, é o seguinte: o Harry aqui está com alguns probleminhas. Ele e a Arwen...

E ela contou todo o ocorrido. Cada vez mais, Harry se encolhia ao meu lado, e encarava fixamente os cordões dos seus sapatos. Rony olhava para o céu encantado, com as orelhas vermelhas. Ao fim do discurso de Hermione, ela me encarou.

HG: E então? Você pode ajudá-lo?

Eu não sabia o que dizer. Não poderia falar que o Harry é lerdo demais com a namorada, que eu no lugar dela já teria enfeitiçado a vassoura dele, para voar até a Tasmânia. Então, uma idéia me ocorreu. Peguei um pergaminho e uma pena na mochila, e comecei a escrever.

Harry olhou para Rony sem entender nada. O garoto ruivo explodiu:

RW: Há há, bela ajuda. Ta vendo, Mione, eu falei que ela não entendia nada disso... Você acha o que, só por que o Gui atura ela, não significa que...

Levantei a sobrancelha direita e lancei um olhar a Rony, que se calou imediatamente. Alguns minutos depois, alcancei o pergaminho a Harry. As cabeças de Rony e Hermione se juntaram à dele.

Algumas maneiras de tratar sua namorada
Por: Giovanna Sprout
Indicado para: Harry Potter

1. Tenha assunto! Não fale só de quadribol!!
2. Nunca, em hipótese alguma, olhe, converse, DANCE ou se insinue para outra garota na frente dela. Ela não responderá por si.
3. Não tenha medo de segurar a mão dela e de beija-la direito. Afinal, ela é sua namorada, não sua irmã mais nova.
4. Convide-a para jantar num lugar legal. Mas só vocês dois, nada de carregar toda a torcida do Chudley Cannons com vocês.
5. Mostre o quanto você a ama: dê presentes, cartinhas, bilhetes. E beijos decentes.
6. Quando estiver com ela e com seus amigos, não deixa a menina falando com os fantasmas. Atenção à ela em primeiro lugar.
7. Não faça bico à toa. Deixe isso para a sua namorada, e aí faça dengos pra ela sorrir.
8. Quando vocês se desentenderem, assuma a culpa. Sempre. Você é o culpado, e implore o perdão dela.
9. Não seja grudento, sufocante. Apenas presente. Namorado chiclete enjoa.
10. Faça surpresas. Invente coisas novas. Não deixe a relação de vocês cair na rotina. E não seja lerdo, é você que tem que surpreende-la, e não o contrário.
11. Seja cavalheiro. Educado, na frente dela e das amigas. E mate as outras garotas de inveja!!
12. Não tenha vergonha de demonstrar para sua namorada que você gosta dela. Só falar e não fazer não adianta.
13. Vista-se decentemente. Lembre-se que você estará com ela. As garotas gostam de namorado arrumadinho e cheiroso.
14. Tenha cuidados com a sua namorada. Coloque a mão na cintura dela quando vocês estiverem em um grupo de amigos. Mas não faça cenas de ciúme. Isso é patético.
15. Não tenha medo de dizer ?eu te amo?. Nem a sós, nem na frente das pessoas.
16. E, por último, mas não menos importante: Nunca, jamais, deixe sua namorada plantada te esperando. Namorado atrasado é namorado abandonado.

Se ainda restarem dúvidas, converse com o Gui. Ele tem dicas secretas. E infalíveis.
Beijos
Giovanna


O garoto parecia se encolher. Hermione soltava risinhos à medida que lia as "recomendações", e Rony estava cada vez mais corado. Aposto dez sapinhos de chocolate que ele deveria estar pensando que precisava MESMO falar com o Gui sobre essas... aulas.
Arwen Lórien Potter às 20:27 h


Chega disso!

Depois do baile e daquela noite horrorosa, com pesadelos horrendos, eu merecia um bom café da manhã. Levantei-me, disposta a comer alguma coisa, ignorar a existência de Harry Potter e procurar Lupin para conversar.

Desci e vi aquele tumulto no mural do salão. Resolvi atentder os apelos da curiosidade e ir lá xeretar. Antes não tivesse ido. Deparei-me com um bilhetinho pregado bem no centro do quadro de avisos. Manuscrito, cheio de coraçõezinhos, rabiscos, iniciais e um revelador "Love 'U Harry Potter! M&M". A gota d'água. Definitivamente eu não precisava daquilo. Malfoy aos risos escandalosos com seus brutamontes de plantão. Então foi isso que ele reteve no dia que Misty trombou em mim no corredor e ele, assustadoramente educado, ajudou a recolher os papéis e material caídos no chão... aquele "você me paga, McGonagall, isso aqui vai ser minha forra" que ouvi ele pensando se referia a isso. Bosta de trasgo, será que nem mexendo com outros Malfoy consegue não me atingir? Se eu não estivesse com tantos problemas e tanta coisa pra fazer, ele bem que merecia ser alvo da fúria de Avoada, Irritadinha e Tonta. Mas na atual conjuntura, não dá. Aguardemos uma boa oportunidade então.

Sentei-me na mesa da Grifinória para o café, distante do ser da cicatriz.
Ele me olhava de longe, com os olhos compridos. Mione cochichou algo no ouvido dele. Ele então murmurou alguma coisa, Rony fez uma careta e balançou a cabeça negativamente olhando para o prato, com a boca cheia. Então ele se levantou. Veio na minha direção. Eu, com a cabeça abaixada, comendo depressa. Alexis me deu um cutucão.

Ai!!!

Olhei para o lado e lá estava o senhor pé de valsa sentado.

Arwen, preciso conversar... - Olhava pra Mione e ela fazia sinal com as mãos para ele prosseguir - me desculpa, eu não queria...

Sei, você não tinha a intenção de me fazer de palhaça. Ok, mas fez. Mas também teve uma crise de ciúme bobo, estragou a minha festa mais uma vez, agiu como um garotinho da escolinha primária de Hogsmeade... quer saber? Cansei. Tô com problemas de mais pra ter que aturar suas ranhetices. Tchau.

Saí da mesa carregando um bolinho e coloquei inteiro na boca. Que raiva!

*******************************************************************

Ele voltou pra mesa da Grifinória. Sentou-se novamente entre Rony e Mione.
Já sei quem pode te ajudar. Conhece Giovanna Sprout, namorada de Gui Weasley?
Rony engasgou com o suco de abóbora e olhou arregalado pra Mione.
Vamos lá, o que estamos esperando? Lá está ela! - e Mione saiu correndo na frente, e os dois, ainda sem entender nada, atrás dela.
Arwen Lórien Potter às 20:26 h


Um grito no escuro

Caí na minha cama bufando de raiva!
Cara de pau do Harry, viu! E aquelazinha, não perde por esperar.
Enrolei-me nos meus cobertores e apaguei as velas, mas não conseguia pregar os olhos. Não conseguia pensar noutra coisa, somente ruminar toda aquela situação indigesta. Queria conversar com alguém, mas estava sozinha. Todos ainda estavam na festa.

Foi quando ouvi alguém me chamando desesperadamente do lado de fora. Uma voz familiar.
Vesti meu roupão e saí pelo quadro da mulher gorda, e depois para fora do castelo... em direção à Floresta Proibida, de onde vinham os gritos. Andei tão rápido que logo eu adentrava a floresta. À noite. Sozinha.
Corria por entre as árvores, os galhos arranhando meus braços, minhas pernas, meu rosto.
Eu não sabia de quem se tratava, óbvio, mas eu sabia que conhecia aquela voz. E sabia que tinha que fazer alguma coisa. O que ou como, sozinha, eu não sabia, mas eu precisava encontrá-lo.

Comecei a correr o mais rápido que pude. Via muitas luzes entre as árvores e sombras de aves gigantescas sobrevoando a floresta, algumas em vôo rasante. As sombras das garras das aves nas clareiras da mata eram aterrorizantes. As aves faziam bastante barulho. Ouvi muitas outras vozes e outros gritos.
E fui me embrenhando floresta adentro.
Até que alcancei um vulto, que gritava e chorava, deitado no chão sobre gravetos e mato.

Sentei-me no chão e tomei a pessoa nos braços. Estava muito escuro, não dava para ver o rosto, nem coisa alguma.
A pessoa balbuciou algumas palavras indecifráveis. Eu chorava sem saber porquê. E o indivíduo desfaleceu em meus braços, sem que eu nada pudesse fazer.
Uma sensação de desespero crescente tomou conta de mim. E eu não sabia como agir.
Olhava ao redor e não via a menor chance de sair dali e salvar aquela pessoa, quem quer que fosse.

Olhei para o alto e vi algo se aproximando. Cada vez mais...
E mais...

Abaixei-me o mais que pude, tentando me proteger.
Um buraco abriu-se no chão embaixo de mim, e sem poder fazer nada, afundava em queda livre...

Um baque e abri os olhos, assustada, chorando. Estava na minha cama. Alexis dormia ressonando na cama ao lado.

Fora outro daqueles pesadelos. Dessa vez, mais rico em detalhes.
Definitivamente, preciso conversar com alguém. Contei dos sonhos para Alexis e Dani, que me sugeriram conversar com o professor Lupin, que além de nos treinar em DCAT no Accio, é pai de uma das minhas duas melhores amigas.
Sim, é isso que farei.

Deitei-me de novo, tentando adormecer.
Arwen Lórien Potter às 20:25 h


Uma Noite de cão

Recebi Harry de volta no grupinho de amigos. Misty o devolveu lá como quem devolve uma caneta de volta quando alguém pega emprestado. A carinha irritante de superioridade da sobrinha da McGonagall me fez sair do sério. O sangue fervia e borbulhava. Harry me olhava com aquela cara de quem sabia que ouviria um bocado. Ai que raiva dele, por que tem que ser tão cabeçudo? Tudo isso poderia ter sido evitado se ele fosse menos turrão e ciumento e... afe!

Ele baixou a cabeça. Mione, Rony, Gina, Alexis, Neville, Dani Lupin e Tomas Bittes me olhavam e depois para ele, com ar de curiosidade e preocupação. Eu devia estar mais vermelha de ódio que um pimentão.

Olhei bem para o Harry... uma comichão nas mãos... uma vontade de dar uma sacudida nele, mas me controlei. Porém, nem tanto.
Enchi a mão e pendurei-me nas orelhas dele e saí o arrastando pelo Salão até o caminho da torre da Grifinória. As meninas olharam a cena assustadas, mas via-se nitidamente que estavam segurando o riso. Afinal, que cena ridícula!

Do lado de fora, soltei os hipogrifos:

- Harry, o que você pensa que está fazendo?
- O mesmo que você, por quê?
- Como assim?
- Você não foi lá dançar com o negão? Não me deixou plantado aqui?
- Harry, você NÃO quis dançar comigo! Ele é seu amigo, te protege e é meu professor, por Merlin, que mal há nisso?
- Mas você não tinha nada que ir lá dançar com ele.
- E você não quis dançar comigo, emburrou e foi lá fazer graça pra sobrinha da McGonagall? Francamente, Harry, estou muito muito chateada.
- Aquilo foi...
- Aquilo foi falta de consideração, falta de respeito e uma atitude infantil sem medidas. Agora se me dá licença, boa noite, eu quero dormir!

Saí pisando alto, bufando pelos corredores. Ele veio andando rápido atrás de mim, mas eu fingi que não era comigo.

- Arwen, podemos pelo menos tomar café juntos amanhã? Podemos conversar depois que você estiver mais calma?
- Ela gosta de você, Harry. Por que não vai chamá-la para tomar café da manhã? Afinal, passou a noite inteira esperando você me fazer de palhaça e convidá-la pra dançar. Boa noite!
Arwen Lórien Potter às 20:23 h


O Baile de Solstício

O baile foi algo assim... inesperado.
O salão estava lindo e as pessoas capricharam no visual.
Embora Adhara não tenha gostado muito do modelito de Harry e Draco...
Quim aproveitou uma música da qual gosto e que Harry não queria dançar e me levou para a pista.
Foi quando eu ouvi as gargalhadas de meio salão (ou seria mais um tantinho assim?)
Boquiaberta, fui lá ver o que havia acontecido de perto e vi os dois de vestidinho rosa com lacinhos!!!
Eu ia puxar minha varinha para tentar desfazer aquilo, mas Mione tomou a frente:
- Deixa comigo!
E fez Harry voltar ao normal.
Draco ficou esperando a vez dele, mas ela guardou a varinha, e eu também.
- E eu???
- Você? - disse Mione - procure o professor Snape para te ajudar a tirar o vestidinho.
Todos riram, menos Harry, que me olhava fuzilando.
- O que foi, Harry?
- Dá licença.
E saiu do grupinho.
Ficou sentado perto da entrada do salão, sozinho. Será possível? Toda festa ele arruma alguma coisa pra fazer um bicão?
Foi quando eu o vi se aproximando... DA McGONAGALL! Não, a professora não, a sobrinha!
Arre, o que ele está fazendo???
Que ódio, ele não quis dançar comigo e agora foi dançar... COM ELA???
Eu não deveria ter vindo nesse baile.
Arwen Lórien Potter às 20:21 h


O Anel dos Pesadelos

Do diário de Arwen Potter

Como era de se esperar, meus estudos de audiomência evoluiram... bem pouco. Continuo ouvindo pensamentos dos outros em horas impróprias. Reclamei disso com Quim, que me pediu paciência... Como se fosse fácil...

Ainda por cima estamos fazendo os exames e, por conta de tanta coisa, eu quase não tenho dormido. E, quando consigo, sou perturbada por aqueles pesadelos que comecei a ter desde que recebi o Anel Élfico na casa de Elrond, em Valfenda.

São sonhos estranhos, mas muito reais... gritos, desespero, muralhas em queda... estou então noutro local, com alguém que não consigo identificar quem no colo... a pessoa sofre... está morrendo... eu entro em desespero e a dor é grande. Então acordo num sobressalto, assustada e chorando.

Fico pensando quem seria essa pessoa no sonho. Se isso seria mais uma premonição ou o que. Ou só um pesadelo. Mas tem se tornado cada dia mais frequente.Às vezes penso que preciso de ajuda... mas conversar com quem? Recorrer a quem? À professora Trelawney? Grande ajuda! Hunf!

Como se não fosse suficiente, Harry está insuportavelmente chato. Agora resolveu implicar com o Quim, veja só! Era amigo dele até outro dia e agora... vai entender. Anda arisco e perturbado, mas não me conta o que está acontecendo. Também não tive coragem de contar a ele sobre os sonhos, até mesmo porque eu acho que... oh, por Merlin, que nada de ruim atente contra nós!

Definitivamente preciso de ajuda... não pode ser nem das minhas amigas, Dani Lupin e Alexis Dumbledore, preciso de alguém que realmente possa fazer alguma coisa... Mas, quem?

E ainda me falam de festa amanhã após o fim dos exames...
Arwen Lórien Potter às 20:19 h


Audiomência

Dumbledore: Então, Srta. Potter, temos algumas coisas importantes para conversarmos... A propósito, como foi sua estada em Valfenda?

Arwen: Muito boa professor. Aprendi muitas coisas, sem dúvida.

Dumbledore: Não podemos perder o fio da meada e esperarmos as coisas esfriarem na sua cabecinha... então vamos dar prosseguimento ao seu... treinamento, por assim dizer. Seu professor de audiomência deve chegar a Hogwarts dentro de algumas horas. Espero que a srta esteja preparada.

Arwen suspira e assente com a cabeça.

Horas mais tarde, um homem negro, alto, forte e bonito cruza os portões de Hogwarts. Adentra o salão principal com uma capa cinza chumbo e é recebido por Filch e Madame Norrra. Filch o acompanha até a gárgula na entrada dos aposentos do professor Dumbledore, olhando para o visitante com uma cara de quem comeu bolo de caldeirão queimado e solado e bebeu suco de abóbora azedo.

Segundos depois, a gárgula se mexe e aparecem escadas. O homem sobe e é recebido pelo professor Dumbledore com alegria.

Dumbledore: Boas vindas, caro amigo! Espero que a viagem tenha sido tranquila...
Fawkes, vá até a torre da Grifinória e traga a srta Arwen Potter, por favor?

A ave voou através da porta do escritório. Voltou minutos mais tarde com a aluna.

Dumbledore: Srta Potter... esse é Quim Shaklebolt, seu professor de audiomência. Ele ficará hospedado aqui em Hogwarts. Suas aulas devem começar no mais tardar amanhã.

Arwen: Muito prazer, sr. Shacklebolt... já vi o senhor em Grimmauld Place, eu acho...

Quim sacudiu a cabeça afirmativamente e deu um sorriso.

Quim: Bom vê-la novamente, srta. Potter. Como vai Harry?

Conversaram todos alguns minutos, acertando os horários de estudo extra de Arwen.
Seriam loooongooos dias os seguintes...
Arwen Lórien Potter às 20:17 h


De novo, Hogsmeade

Mal cheguei nos terrenos de Hogwarts e Harry já me informou que teríamos visita ao povoado vizinho, Hogsmeade, no fim de semana. Achei ótimo, pois cheguei bem tarde e o passeio sendo no dia seguinte, poderia encontrar as pessoas e conversar com Harry.

Na manhã da visita, tomamos café da manhã em meio ao burburinho dos alunos ansiosos no Salão Principal.

Harry: O que vamos fazer quando chegarmos a Hogsmeade? Qual o roteiro?
Arwen: Podemos ir ao Madame Padfoot, assim podemos conversar um pouco e...

Harry a princípio pareceu não gostar nem um pouco da idéia. Depois, a cara de "urgh, pisei na bosta de dragão" foi suavizando até esboçar um sorriso.

Arwen: Mas se você achar melhor, podemos ir direto ao 3 Vassouras, eu só sugeri o M. Puddifoot por ser mais sossegado e...
Harry: Sem problemas, vamos ao M. Padfoot. Estou precisando de um pouco de sossego mesmo. Depois podemos nos encontrar com Rony, Mione e o povo da Grifinória lá no 3 Vassouras...

Calaram-se. Ele permaneceu imóvel, fitando-a.

Arwen: O que foi? - sorrindo.

Ele sorriu também. Corou.

Harry: Vamos logo que estamos ficando para trás.

*************************************************************
Chegamos ao M. Puddifoot, um chalézinho simpático lotado de casaizinhos de mãos dadas, beijando-se e conversando. Sentamos próximo à uma janela de cortinas com babadinhos.
E mais uma vez, silêncio.
Harry: Mas então... Como foi lá (em Valfenda)?
Arwen: Muito bom. Bem melhor do que ficar trancafiada naquele sótão com cheiro de fumaça ouvindo as birutices da maluca da Trelawney.
Caíram na risada.
Arwen: Mas a experiência foi muito interessante. Passei um tempo no bosque, aprendendo concentração e meditação, aflorando os cinco sentidos físicos e desenvolvendo mais o sexto sentido.
Harry: Isso parece bom... melhor eu tomar cuidado com você a partir de agora!
Riram mais um pouco.
Arwen: Ah, e ainda ganhei de Elrond um anel élfico, muito parecido com os anéis do poder de séculos atrás... claro que não tem a mesma finalidade, mas são tão bonitos quanto e Elrond disse que vai me ajudar bastante...
Harry: Elrond?
Arwen: Sim, o rei-Elfo de Valfenda.
Harry: Uau, um anel élfico dado pelo rei de Valfenda? Posso ver?
Estiquei a mão por cima da mesa, ostentando o anel dourado e reluzente.
Arwen: Elrond também disse que enviou uma mensagem para Dumbledore dizendo que eu já me encontro em condições de começar a estudar audiomência.
Continuamos conversando até mais tarde, quando fomos nos encontrar com o pessoal no 3 Vassouras.
Mas não tive coragem de contar a ele o que eu vi lá, sobre o futuro. E nem sobre a escolha que terei de fazer quando chegar a hora.
Arwen Lórien Potter às 20:14 h


O Retorno da Herdeira

Eram aproximadamente meia-noite e cinquenta. Harry insistia em permanecer na sala comunal da Grifinória. Esperou os colegas de casa dispersarem e rumarem para seus dormitórios e apoderou-se de uma poltrona defronte a lareira. Mione e Rony fizeram companhia ao amigo até a meia-noite. A partir desse horário, foram dormir e deixaram-no só.

HP: Quase uma da manhã e nada. - resmungou e afundou-se na poltrona fofa.

De repente, ouviu passos na escada. Era Misty McGonagall, que descia vinda dos dormitórios para fazer sabe Merlin o que aquela hora.

MM: Posso me sentar aqui? Estou sem sono...

Harry coçou a cabeça, incomodado. A presença dela ali estragava tudo. E nem havia como avisar! Por outro lado, nem sabia mesmo quando é que Arwen apareceria na lareira da sala comunal para falar com ele. Deu os ombros e tentou disfarçar.

HP: Não me importo, pode ficar... eu já estou indo dormir... boa noite!
MM: Boa noite, então - disse cabisbaixa.

Ele subiu as escadas lentamente, meio se arrastando, para ver se a intrusa faria o mesmo. Ele queria que fizesse, queria voltar para a frente da lareira. Entrou no dormitório. Aguardou alguns minutos que pareceram horas e pôs a cara para fora outra vez. A sala comunal agora estava iluminada somente por algumas poucas velas.Ninguém à vista.Voltou à sala comunal, pé ante pé. Sentou-se de novo na poltrona. E acabou adormecendo ali.

Uma labareda mais forte num fogo de lareira que já deveria estar se extinguindo o fez despertar. As chamas ficaram cada vez maiores. Logo passaram do amarelo e vermelho para esverdeadas...Materializou-se um corpo ali, dentro da lareira. Era uma garota, 14 anos, alva, orelhas um pouco compridas, cabelos muito negros e olhos cor de mel...
Harry, boquiaberto. Não estava esperando aquilo. Quer dizer, estava, mas não assim... achava que fosse somente conversar com ela através da lareira, mas...
Ela saiu da lareira, limpando as vestes.

AP: Lar doce lar!!! Então, Harry, feliz com a surpresa?

Harry sorriu, sem acreditar no que via. Sem dizer nada, ele a abraçou.

Detrás do sofá, dois olhos muito verdes, arregalados assistiam tudo. De repente, sentiu uma pontada no seu cotovelo...

MM: Ela voltou! Putz! - resmungou entre os dentes.
Arwen Lórien Potter às 20:11 h


Carta a Harry

Prólogo: Depois nas férias de páscoa, fui para Valfenda, onde mora a minha mãe, a pedido de Dumbledore, para buscar a origem do dom que agora se manifesta em minha pessoa: a vidência. Acabei me estendendo mais do que deveria por lá, de maneira que as aulas começaram e eu ainda estava fora. Já nem sabia se voltaria, pois estavam cogitando me mandar para a Academia de Feitiçaria de Elbereth, mas por fim desistiram da idéia. E então, me preparei para regressar a Hogwarts.

"Querido Harry,

Desculpe-me a ausência prolongada de notícias. Mas a situação ao redor de Valfenda não está das melhores e achei mais prudente evitar as corujas. Espero sinceramente que você esteja se comportando, em todos os sentidos...

Eu estou bem. Minha estada aqui está chegando ao fim. Foi muito bom estar com mamãe durante todo esse tempo, sem dúvida foi muito esclarecedor. Mas sinto muita falta de Hogwarts, das minhas amigas, do quadribol... e, é claro, de você.

Em breve estarei retornando. A data precisa não posso lhe dizer porque eu também não sei. Estou aguardando um sinal de Dumbledore.

Eu sei que não devia, mas vou tentar usar a lareira de casa para falar com você nos próximos dias... pode ser perigoso, mas acho que uma única vezinha não vai ser nenhum problemão...
Que tal vigiar a lareira da sala comunal a partir da meia-noite???

Beijos saudosos!



Com amor,
Arwen"
Arwen Lórien Potter às 20:07 h

segunda-feira, julho 11, 2005

O Acerto dos Ponteiros

Hoje de manhã no salão principal, encontrei o Harry. Para variar um pouco, só me olhou de longe e acenou a cabeça.
Quer saber? Dane-se a timidez. Enchi a cara de coragem, levantei-me da cadeira dizendo para mim mesma "não vai arrancar nenhum pedaço, Arwen, acabe logo com isso". E fui até ele. Rony e Mione estavam lá e Mione levantou-se puxando o Rony.
Mione: "Oi Arwen! Rony e eu vamos ao corujal levar uma encomenda..."
Rony: "Vamos fazer o que aonde???"
Mione fuzilou-o com os olhos e saiu arrastando o Rony.
Sentei-me ao lado de Harry.
Eu: Tudo bem?
Harry: Tá.
Eu: Não está não.
Harry: Quem disse?
Eu: Eu estou dizendo. Ou você acha que está tudo bem? Só se você realmente não se importa comigo, então eu acredito que esteja tudo bem.
Harry: Se eu não me importasse, eu teria achado graça do que andam dizendo.
Eu: E o que andam dizendo?
Harry: Que você estava mordida de ciúmes do Diggwell no baile!
Eu: Por Merlin, Harry! Eu estava com você o tempo todo, de onde você tira essas idéias? Custa confiar um pouquinho? Até onde eu saiba, eu nunca lhe dei nenhum motivo para desconfiar dos meus sentimentos desse jeito! Quer saber? Tchau.
Saí às pressas da mesa, peguei minhas coisas e caminhei em passos rápidos para o pátio.
Sentei-me embaixo da árvore na beira do lago.
- Arwen?
Olhei para cima. Harry estava ali.
Eu: ...
Harry: Desculpa.
Eu: ...
Harry: Eu não queria magoar você. Me desculpa.
Eu: ...
Harry sentou-se ao meu lado.
Harry: Desculpe, eu sou assim mesmo, eu perco a cabeça, é tanta coisa pra pensar, pra estudar, para me preocupar...
Eu: Ok.
Harry: Ok? Ok o que?
Eu: Desculpo você. Perdôo você. Mas prometa pra mim que você nunca mais vai desconfiar antes de averiguar o que de fato está acontecendo. Promete?
Harry: Juro!
Ele levantou num salto e me deu a mão para me levantar. Me abraçou. Putz, ainda bem que não tinha ninguém por perto!
E fui para a aula de trato das criaturas mágicas. De repente o dia ficou claro, e meu coração mais leve.
Arwen Lórien Potter às 11:33 h


...

Do diário da Arwen

Depois do baile e daquele barraco, as coisas não ficaram muito boas.
Óbvio, eu não tinha a menor dúvida que os rumores de que acaso eu estaria supostamente com ciúmes do Diggwell chegariam aos ouvidos sensíveis de Harry.
E desde então ele mal fala comigo.
E não dá a menor chance de eu me aproximar para dizer o que quer que seja.
Hoje de manhã, no treino de quadribol, ele foi cordial. E só.
Não sei o que fazer.
Como se já não me bastasse sonhar coisas, ver coisas e agora ouvir coisas, ainda mais essa.
Eu não precisava disso.
Arwen Lórien Potter às 11:31 h


Barracos no baile

Ontem passei o dia tomando suco de abóbora e comendo chocolate.
Quem sabe assim a ressaca passava mais rápido?
O baile... divertido. Muito divertido mesmo. Acabamos bebendo muito mais cerveja amanteigada do que deveríamos...
Acho que Dumbledore vai mandar todo mundo junto com a Winky para a tal clínica de reabilitação.

***

Quando desci do dormitório, Harry já me esperava na sala comunal. Fofíssimo, todo arrumadinho. Estavam lá ele, Rony e Mione.
Saímos para o Salão Principal. Nossa, todo mundo tão bonito e elegante!
Logo na entrada, Rita Skeeter queria uma palavrinha do Harry. Putz!
Insisti um pouco para dançarmos. Eu sei que ele não gosta, mas mesmo assim acabou indo.
- Só essa, Arwen.

A música era lenta. Dançamos e logo avistei o Diggwell dançando... uai, com a Julie Granger???
o.O
Pensei: "Mas é um cara de pau mesmo, não perde tempo, bem disse a Anna, franco atirador! Hunf!"
Daí a pouco, Harryzinho me beijou. Assustei, ele não tem o hábito de fazer isso em público. Ele sabe que eu MORRO DE VERGONHA. E ele também. Enfim, olhei para frente e vi... e vi... AQUILO!
O crápula do Diggwell lascou um beijo na Julie!!! Tenho certeza que foi à força! Daí a pouco não os vi mais.
Sem noção, cachorro, bandido, sem vergonha!
Continuei dançando. A música acabou e fomos passear pelo salão. Vi de relance a Julie lá fora, sentada conversando com o dito cujo, com uma cara muito brava. Ihhh!
Logo encontramos Dani Lupin e Alexis Dumbledore. Conversamos animadamente e Harry foi buscar umas cervejas amanteigadas para nós.
Alex Black chegou e se juntou à turma. Logo, chegou Julie Granger. Daí uns minutos, Harry voltou.
Conversamos muito. Caí na besteira de perguntar.
- Julie, o que foi aquilo que eu vi lá fora??? Você estava com uma cara de brava!
- Affe, Arwen, não foi nada, já estou bem.
Dani Lupin: "Mas o que aconteceu?"
Julie: "Ai, o Diggwell queria fazer ciúmes na Arwen e me lascou um beijo no salão! Que horrível! Mas já conversamos, já expus minha indignação e já estou melhor."
Alex: "CALMA HARRY!"
O menino ficou MUITO brabo. Puxa vida!
Julie: "Você também hein, Arwen. Nada discreta, você sabe que os dois tem uma richazinha"
Eu: "Ei, você acha que eu iria imaginar uma safadeza dessas? Pra mim ele estava era te atacando mesmo."
Alex saiu para buscar mais cerveja amanteigada para relaxar os ânimos. Enfim o Harry acalmou, mas ficou meio emburrado.
Por Merlin, que menino ciumento!
Mas no fim, os ânimos melhoraram, o Rodrigo e o Bill apareceram (detalhe para uma gravata de mulher pelada que o Bill colocou pra irritar a dona Irritadinha, hihihi), o Rodrigo queria dar um cato na Julie a todo custo e ela foi embora. Aproveitamos a deixa e fomos também.
Dormi com os pés doendo e a cabeça girando...
E sonhei. Mas não foi pesadelo, dessa vez foi um sonho bom...

Nota: O post se refere ao Baile da Cerveja Amanteigada, promovida pelos membros da AD.
Arwen Lórien Potter às 11:20 h


Avoada, Irritadinha e Tonta

Pois bem, o treino de quadribol de manhã bem cedinho. À noite temos o baile. Ainda bem que parou de chover...
No fim da manhã, fomos tranquilas para o lago, Alexis, Dani e eu.
Conversávamos indignadas sobre o ataque histérico ensandecido do nosso amado e idolatrado salve salve professor de poções. Alexis, detenta sempre com as mesmas comadres imundas da ala hospitalar. Dani Lupin ganha detenções pelo menos uma vez a cada 15 dias. A de agora, vai ter que ajudar os elfos no jantar de segunda... E eu, nem me fale. Não me lembro nem do Harry ter que pagar uma detenção assim com ele.
Dani: "Sabem o que é pior? Essa não foi a primeira vez, e não será a última. Teremos detenções e detenções até o final da escola. Eu sei que apronto, mas acabo levando muito mais detenções porque sou filha do Lupin."
Alexis: "E eu então??? Affe, nem apronto tanto assim, mas como o capeta do tio Snape tem o hábito de ler os pensamentos da gente sem pedir permissão... só de pensar em alguma coisa, lá vou eu de novo"
Eu: Eu apronto, mas o meu maior problema é que estou sempre no lugar errado, na hora errada e com a PESSOA ERRADA. Puxa vida, tudo isso porque ele me pegou fora da sala comunal quase duas da manhã? Será que ninguém pode avisar a ele que eu estava voltando da sala do diretor?
Alexis: "Ahhhhhhh... hihihi, mas não foi bem por causa de estar fora da sala comunal que você vai passar o resto do ano dando uma de elfo doméstico para o time de quadribol da Sonserina. Hihihi, é porque você estava de namorico com Potter aquela hora e fora da sala comunal. Mesmo assim, não justifica."
Dani: "Nós aprontamos... cada uma com sua traquinice... e sempre nos damos de mal."
Alexis: "Como Sirius, James e Remo estavam quase sempre safos das detenções?"
Dani: "Nunca conversei sobre o assunto com papi."
Eu: "Aluado... Almofadinha... Pontas..."
Alexis: "Hein?"
Eu: "Avoada... Irritadinha... Tonta"
Dani: "???"
Eu: "Se cada uma de nós apronta isoladamente e sempre levamos uma punição daquelas... acho que o jeito é unirmos forças contra Aquele-Que-Acha-Que-Sou-Elfo-Doméstico. Assim, não será uma pequena travessura, mas algo realmente planejado, sem falhas, e a seis mãos... é mais difícil pegar 3 do que 1 de nós, não acham?"
Alexis: "Espera aí, deixa eu ver se eu entendi... você quer fundar uma organização para logros e brincadeiras anti-Seboso? E isso seria uma espécie de Marotos de calcinhas???"
Eu: "Mais ou menos por aí".
Dani abriu um sorrisão... Olhinhos brilhando de felicidade! E depois a cara de dúvida.
Dani: "Mas Arwen... os marotos não eram quatro???"
Alexis: "E quem precisa de um Rabicho pra estragar tudo?"
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.
Eu: "Combinado então?"
Alexis e Dani: "Combinado!"
Dani: "Opa, espera aí, espera aí, isso merece um juramento!" - E tirou um pedaço de pergaminho do bolso da calça. "Enquanto dizemos as palavras sagradas do juramento, o pergaminho irá registrando, depois assinamos!"

"JURAMOS SOLENEMENTE NÃO FAZER NADA DE BOM, PRINCIPALMENTE QUANDO O ASSUNTO FOR O SEBOSO."

Assinado: Avoada, Irritadinha e Tonta.

Assim nasceram as Marotas. Agora estamos confeccionando um mapa...
Arwen Lórien Potter às 11:17 h


Homens! Hunf!

Do diário da Arwen

Ok. Hogsmeade, a maior farra, milhões de sapos de chocolate, litros e litros de cerveja amanteigada, e enfim, meus amigos fiéis Bill, Alexis, Dani e Anna me convenceram ("por bem ou por mal") a por um fim nas minhas férias da AD.
Então, voltarei.

O passeio em Hogsmeade começou bem.
O dia estava claro, apesar do frio. Nada de chuva.
Encontrei Harry e Rony na Sala Comunal. Mione já havia saído.
Tomamos nosso café da manhã.
Encontramos a Anna Bright na entrada do Salão Principal.

Seguimos para a loja de vestes de festa, para escolhermos os vestidos. Harry começou a olhar pra gente com um ar desconfiado...
- Aonde estamos indo?
- Ah, a Anna vai buscar o vestido de baile dela na Madame Malkin.

Caminhamos.
Chegamos na loja, chamamos a vendedora no canto e pedimos para ver os vestidos.
E os meninos esperando lá fora.
Dez minutos. E põe vestido, tira vestido, escolhe cor...
Vinte minutos... Anna já havia escolhido o seu, eu ainda esperando a senhora encontrar um vestido vermelho.
Meia hora. Só ouço a conversa:
- Mas elas não vinham só buscar a encomenda da Anna?
Era a voz do Harry.
- Ah, você sabe como são essas coisas... provam, nunca ficam felizes com nada. Minha mãe e minha irmã juntas são um caos!

Finalmente escolhi um vestido.
Saímos. E o Harry, com um bico de meio quilômetro.
O Rony, meio sem graça. Eles já estavam meio ressabiados porque eu disse que a Anna iria conosco.
Agora então!

- Arwen, mas vocês não vieram só buscar a encomenda da Anna? Uma hora pra isso?
- É que aproveitei para comprar meu vestido para o baile e...
Rony: "EU NÃO DISSE?"
- Rony!
*Sem ânimo de reproduzir o bate-boca*

Anna interviu. E apaziguou os ânimos. Embora eles continuassem meio emburrados com ela.
Por fim, fomos todos ao Três Vassouras nos encontrarmos com o resto do pessoal.
Anna conversou com os meninos. O que foi muito bom, porque eles já mudaram um pouco de cara.
Eles estavam meio chateados com ela por causa do Seboso.
Enfim, todos esqueceram suas mazelas regando-as com muita cerveja amanteigada, pizza de abóbora com creme de carne de grelo, delícias espumantes e, na volta, sapos e sapos de chocolate.

E agora eu vou dormir 5 quilos mais gorda, e provavelmente sem caber no meu vestido!
A Raven me ofereceu uma poção para emagrecer... Melhor do que um feitiço para AUMENTAR (SOCOOOOOROOOO!!!) o tamanho do vestido.
Arwen Lórien Potter às 11:05 h


Os pergaminhos do Potions Reviews.

Ontem, quinta-feira, na hora marcada, fomos nós para as Masmorras.
Ao chegarmos, o Sapão, ops, digo, Aquele-Que-Deveria-Lavar-O-Cabelo-Em-Vez-De-Pegar-No-Pé-Da-Grifinória nos aguardava com uma expressão de desdém.
Nos deu umas folhas para escrever... Hummm, se a Anna não nos tivesse contado do tal teste de caligrafia, eu iria achar que era uma prova surpresa.
- Escrevam várias vezes nos pergaminhos: "Não devo desobedecer aos professores..."
Dani Lupin: "Mas eu não desobedeci ninguém!"
- "E nem interrompê-los enquanto estiverem ditando a detenção. Menos 10 pontos para a Corvinal."
Silêncio total.
Entregamos os pergaminhos.
Enfim, Snape se pronunciou:
- Srta. Dumbledore, para a ala hospitalar. Vamos, as comadres a esperam.
- Srta .Lupin... Sua detenção não será cumprida hoje. Mas na segunda-feira. Agora vá.
- Harry Potter... Com esse seu garrancho jamais você faria para mim o que necessito. Sendo assim, o senhor ficará responsável pelos cérebros de abutres.
- E... Srta. Potter. Você fica.
o.O
Assim, passei boa parte da noite escrevendo quilômetros e quilômetros de pergaminho, tentando decifrar a letra bacteriana do Snape e passando a limpo o raio do artigo da Potion Reviews. Mas eu estava aliviada. Pelo menos não estava nos cérebros de abutres, coitadinho do Harry!
Quase uma da manhã quando terminei. O Sapão observou TODO o pergaminho.
- Muito bem, nenhuma rasura, letra firme e boa. Pode ir. A senhorita receberá uma notificação pelos seus bons serviços prestados.
o.O
Notificação? O que ele quis dizer com isso?
Ao chegar na Sala Comunal, entendi.
- Nick-Quase-sem-Cabeça, o que você faz aqui?
- Vim entregar uma carta do Professor de Poções para a senhorita. Abra imediatamente, foi o recado que ele me ordenou passar.


"Srta. Arwen Potter.
Acaso achou mesmo que a senhorita iria somente transcrever aqueles pergaminhos?
Tsc, tsc, como és tolinha! Ou achou que pegá-la aos beijos com Potter nos corredores merece punção tão agradável? Sei que a senhorita é uma boa jogadora de quadribol. Acho que ficará feliz em saber a segunda parte de sua detenção:
Você deverá, a partir da próxima semana, a cuidar dos uniformes de quadribol de minha casa... ou seja, da SONSERINA. Você deverá lavar, passar e guardar os uniformes. Durante toda a temporada. E se eu encontrar alguma dobra fora do lugar, ou alguma mancha de sujeira negligenciada pela senhorita, devo informá-la que também passarás a escovar os caldeirões usados em minhas aulas todas as noites.

S. Snape"
Arwen Lórien Potter às 10:43 h


DETENÇÕES, POÇÕES E UMA CABEÇA DE GIRINO.

De volta para a torre da Grifinória, depois do meu passeio curioso ao Departamento de Mistérios.
Corredores vazios. Eu, com fome (perdi o jantar!). Andava em passos apressados, Filtch iria achar muito interessante me pegar fora da Sala Comunal.
Eu ia pensando. Tanta coisa, que nó na minha cabeça. E de repente, UM PUXÃO NO MEU BRAÇO! Mas ninguém à vista.
- AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!
_ Shhhh! Fique quieta, Arwen, vai chamar a atenção do Filtch!
Harry saiu debaixo da capa da invisibilidade.
- Ow, quer me matar de susto??? O que você faz aqui?
- Estava esperando você voltar.
Caminhamos lado a lado em passos mais lentos. Contava a ele o que eu tinha visto.
De repente, ele segura a minha mão. Affe, por que eu AINDA fico corada com essas coisas??? Nunca sei onde enfiar a cara.
Caminhamos ainda mais lentamente. Quase parando. E ele me deu um beijo.
Muito lindo, fofo... se não tivesse aparecido...
- Não me agrada nem um pouco encontrar dois grifinórios fora da respectiva Sala Comunal tão tarde da noite. Ainda mais aos beijos pelo corredor. Vinte pontos a menos para a Grifinória. Para cada um. E detenções. Amanhã, depois do jantar, na minha sala.
E virou-se nos calcanhares com a capa balançando como asas de urubu. E se foi.
- Eu mereço. Não, speak serious... EU MEREÇO ISSO! Tanta coisa pra fazer, um monte de problemas, sonhos estranhos, a poção do Diggwell para entregar e ainda por cima, menos 40 pontos para a Grifinória numa tacada só!
- Poção do Diggwell para entregar? Mas não era a Lupin que havia preparado?
- Sim, mas ela me pediu para administrá-la porque ela não pode entrar na Sala Comunal...
- Mas Diggwell não sai do dormitório há dias! Você não vai entrar no nosso dormitório, vai?
- Ah, eu não tinha pensado nisso.
- Não acredito, você não pode fazer isso, tanta gente naquela casa e justo você tem que levar a poção?
E fomos batendo boca até a Sala Comunal. De novo: Eu mereço. Eu fiz trancinha nas barbas de Merlin e as arrematei com mini-chicletes (daqueles da sacolinha de boquinha). Só pode.


Ainda discutindo. Alexis, Rony, Mione, Gina, Neville e Julie próximos à lareira.
- Até que enfim! - era Rony.
As nossas caras não disfarçavam a revolta.
- Ow, discutindo de novo? O que foi que os Potter aprontaram desta vez? - disse Gina, com um sorriso.
Contamos para eles o episódio da detenção, omitindo algumas partes, of course.
- E ainda por cima, ela vai TER que entregar e administrar a tal poção pro Diggwell.
Agora uma discussão daquelas, em grupo. Todo mundo falando, todo mundo opinando, Mione "Não, mas você não pode entrar no dormitório", e eu "Mas você já entrou, por que eu não posso?", blá, blá, blá...
Resumindo? Vamos todos entregar a tal poção.
Gina: Agora?
Rony: Já.
E subimos as escadas. Entramos em bando, Diggwell escondido dentro do armário.
- Leo, abra esta porta!
- Quem está aí? Que muvuca é essa? É a Arwen?
- Sou, abre logo, nós não podemos ficar muito tempo aqui!
Ele saiu com um pano na cabeça.
- Tira isso! - E Julie puxou o pano.
o.O
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Rony: Desculpe Leo, mas realmente é hilário!
Eu: Tome logo! Antes que eu entorne...
Leo: Que coisa... quanto tempo demora para fazer efeito?
Mione: Uma hora. Agora descanse, vamos indo, meninas?
Leo: Então já estarei de novo belo no baile! Graças a São Griffyndor!
Alexis: Ah, mas Leozinho, não está tão mal assim...
E assim se foi a cabeça de sapo do Diggwell.

Nota: Leo Digwell teve a sua cabeça transformada numa cabeça de sapo por obra das Marotas.
Arwen Lórien Potter às 10:36 h


O Departamento de Mistérios - final

Passei o dia irritadiça e ansiosa. O anoitecer nunca demorou tanto!
Na hora combinada, lá estava eu na sala do professor Dumbledore.
Entrei em silêncio e cumprimentei ele e... ??? Arthur Weasley???
o.O
- Chegou alguns minutos mais cedo, senhorita Arwen.
- Desculpe, professor.
- Não há porque se desculpar. Este aqui é o Sr. Arthur Weasley, pai de Rony e Gina. Ele trabalha na Sessão de Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas, no Ministério da Magia. Conversei ontem com o ministro, que achou que seria perigoso enviá-la até o ministério. Além disso, o Departamento de Mistérios é uma área extremamente restrita.
- ...
- Argumentei que algumas coisas devem ser esclarecidas para evitar adversidades como as do ano passado nesse mesmo setor do ministério. Ele acabou cedendo, mas impôs uma condição. Que eu não a levasse, pois isso poderia levantar algumas suspeitas...
- Sim.
- E por isso, pedi ao Sr Weasley que a acompanhasse. Como funcionário do ministério, é muito mais fácil para ele entrar com a senhorita sem instigar olhares curiosos. Peço-lhe algumas coisas, srta. Seja discreta. Nâo conte a ninguém o que acontecer. Fui claro?
- Sim senhor.
- Então vocês já podem ir. O tempo é curto.

E estendeu-nos um livro de capa dourada. Uma chave de portal.
Tudo começou a rodopiar e senti-me como se fosse perder os sentidos. E BUM!
Esparramada no chão do hall de entrada do Ministério da Magia.
- Você está bem, Arwen?
- Sim, estou, obrigada, Sr. Weasley, disse levantando num salto e arrumando as vestes.
Caminhamos em silêncio. Descemos pelo elevador. Saímos num enorme corredor escuro, com várias portas.
Eu olhava tudo, maravilhada. Nossa, imagine, eu no Ministério da Magia!!!
Paramos defronte uma porta e entramos. Haviam várias outras portas dispostas em círculos. Imediatamente a porta de entrada se fechou e a sala começou a rodar.
- Não se assuste.
O senhor Weasley retirou a varinha do bolso e disse "bolinhas de ping-pong" o.O Seria esta a senha dele???
As portas pararam de girar. Ele identificou a porta de entrada com um ponto de luz que ele tinha feito ao entrarmos (como? Eu não vi!!!) e contou 4 para a esquerda.
- É essa, mocinha.
Entramos. Uma sala sem nada especial. Empoeirada. Lotada de estantes até o teto, abarrotadas de bolinhas de vidro.
- Sr. Weasley, essas são as profecias???
- São Arwen. Agora vamos procurar a sua. NÃO TOQUE EM NADA. Mesmo que você seja a receptora da profecia, somente aquele para quem você profetizou poderá tocá-la.
Observamos as estantes em silêncio por alguns minutos. Encontrei uma bolinha sugestiva...


"D.A.P.para A.P.W.B.D.
Harry Potter e (?)"


- Senhor Weasley...
Ele se aproximou e olhou a esfera de vidro com atenção.
- Acho que a encontramos, Arwen. Então é verdade. Podemos ir agora.
Saimos da sala em silêncio. Um turbilhão de coisas na minha cabeça. Putz, era verdade.
No hall de entrada, pegamos de novo a chave de portal. Chegamos no escritório de Dumbledore. Saimos em silêncio.
- Foi um prazer conhecê-la, Arwen. Até a próxima.
- Obrigada, sr Weasley. Até a próxima.
Arwen Lórien Potter às 10:23 h


Gárgulas vorazes!!!

Esses últimos dias não têm sido fáceis.
Trabalhos, deveres, intensificação dos treinos de quadribol, preparativos do baile...
AULAS EXTRA DE ADIVINHAÇÃO...
Além disso, Grope anda dando trabalho de novo e estamos nos revezando para ajudar Hagrid a tratar de seus ferimentos.
Coisas muito estranhas andam acontecendo.
A Professora McGonagall me deu um viratempo, mas não me disse ainda como usar.
Dumbledore me deu uma penseira, mas ainda não a usei.
Neli tendo sonhos com pokebolas e pokemons...
E toda essa história de profecia ainda não está certa na minha cabecinha.
Fui outro dia até a sala do professor Dumbledore para tentar saber mais. Mas ele não estava.
Hoje, antes do jantar, tentei de novo. Procurei o professor. Sozinha.
Ao chegar na gárgula, eu simplesmente não sabia o que fazer para entrar. E a gárgula se moveu.
E eu entrei.
O professor me esperava no escritório.
- Sabia que viria, srta Potter. No entanto, confesso que a esperava aqui mais cedo...
- Ehh...
- Então? O que você quer me dizer?
- Ah...
Ele me olhou por cima dos óculos de meia-lua, com uma expressão extremamente paciente e bondosa.
Que raios, meu pai Gryffindor, por que ele não facilita as coisas? Afinal ele sabe BEM porque estava lá.
- É algo sobre seus sonhos, suas visões, suas profecias?
Engoli seco. Criei coragem.
- É.
- Você anda duvidando de si mesma, eu suponho, srta. Arwen.
- Professor Dumbledore, é que tudo isso é tão surreal!
- Surreal, srta? Devo lembrá-la que é uma bruxa. Não há nada surreal.
- Certo, mas videntes têm precedentes familiares... eu não tenho. Pelo menos eu acho...
- E o que você deseja que eu faça?
- Ehhh... estive conversando com Harry...
- Sei... - e coçou a barba.
- Ele disse que no Departamento de Mistérios no Ministério da Magia ficam armazenadas todas as profecias em bolinhas de vidro. Se aquele sonho foi de fato uma profecia, então ela estará lá, certo?
- Sim, senhorita.
- ...
- E você gostaria de ir lá ver... estou certo?
Não era bem o que eu havia pensado, mas a possibilidade de entrar no Departamento de Mistérios me deixou realmente entusiasmada.
- Professor, eu sei que é restrito, mas se houvesse um jeito...
- Creio que há, srta.
- Hein?
- Amanhã, às 20h, esteja aqui. Agora, pode ir. A senhorita deve estar com fome. Pelo menos, eu estou.
Arwen Lórien Potter às 10:21 h


O Departamento de Mistérios - parte 1

Do diário de Arwen Potter

À tarde, não teve aula do Seboso porque aprontaram com ele. A Anna queria saber se fomos nós. Minha resposta lá no íntimo: não, não fomos, infelizmente. Mas que essa dos chocolates fazia parte de um dos planos concebidos pelo trio Dani Lupin, Alexis e Arwen, sim, fazia. Uma pena alguém tê-lo executado antes.
É, eu sei que eu disse que não iria mais chamar o Seboso de Seboso. Nhá, dane-se todo mundo, é Seboso e assunto encerrado!
Aproveitei o horário sem aulas para estudar... Adivinhação. Ainda não estou acreditando que isso tudo está acontecendo.
NInguém diz nada de concreto, ninguém me explica nada direito...
Como pode ser isso?
______________________________

Depois do jantar, na Sala Comunal, finalmente falei sobre o assunto com Harry.
Não aguentava mais vê-lo com aqueles olhinhos verdes compridos me olhando esticados por trás das lentes esperando eu falar alguma coisa!
E eu sei que ele não perguntaria diretamente...
Contei como foi a visão, o que vi, que ninguém me disse o que falei sobre a suposta profecia. Que a professora Sibila estava me ensinando a ABRIR a terceira visão (putz! ele ficou todo contente! Será que ele está achando que isso é LEGILIMÊNCIA? Porque não é não! Ou será que é? O.O), sobre o vira-tempo que ganhei mas não sei usar, sobre a penseira que está no dormitório...
Contei sobre meu desespero de causa quando soube que ele teria de novo aulas de oclumência... mais ainda quando soube que ele queria aprender legiliência por conta, digamos, própria, e o sermão da montanha foi administrado (Como Harry??? Você não pode, blá blá blá...)
E contei sobre a minha dúvida atroz... se isso tudo era verdade ou não.
Videntes verdadeiros não são muito raros?
Que eu saiba, não há videntes na família.

Resposta clara e simples. Coisa que talvez só mesmo ele saberia sugerir por causa do seu... ahn, hábito de desrespeitar regras:
- Arwen, isso é muito simples de se descobrir. Se foi uma profecia verdadeira, ela deve estar lá no Ministério da Magia, no Departamento de Mistérios. Lembra-se que todas as profecias vão para lá? Se for verdadeira, encontraremos a sua. Podemos usar uma das lareiras da escola e...
- Boa idéia! Mas não vamos usar uma lareira da escola. Uma coisa é fugir escondido pra Hogsmeade. Outra coisa é fugir pra fuçar no Departamento de Mistérios do Ministério da Magia!
- Ótimo, então o que a Senhora Sabe-tudo quer fazer???
- Hunf! Vou procurar Dumbledore. Vai comigo ou vai ficar aqui sentado?
- Vou com você se amanhã a gente puder dar uma fugida até Hogsmeade...
Sorrisinho de canto de lábios.
- Combinado!
Arwen Lórien Potter às 10:18 h

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