sexta-feira, julho 15, 2005

Duelo de Titã - Parte II

Por Harry Potter

Uma risada fria e sinistra ecoava na minha cabeça. Ouvi Crucio e a via se contorcendo de dor...

Pense rápido, Harry, pense rápido! Você PRECISA fazer alguma coisa!

Ouvia agora também a voz dela...

"Não venha, é uma armadilha! Não venha!"

As visões iam ficando cada vez mais claras, mais nítidas, mais reais. Vi então um monstro voador, gigantesco, algo parecido com uma águia de proporções exageradamente aumentadas se aproximando da menina e seu bico atroz apunhalando as suas costas, derramando o sangue dela na Floresta Proibida.

NÃÃÃO!

Ouvia nitidamente o que Voldemort dizia...

"Mate o amor que existe nele..."

Compreendi então qual era o jogo. Eu teria que ir até lá e duelar. Mas eu estava momentaneamente impedido de sair do castelo. Até que eu conseguisse sair daqui, ela já estaria morta. Comecei então uma verdadeira guerra psicológica, instigando uma conversa mental de fritar os miolos. Rebatia os pensamentos externos e malígnos, tentando ganhar tempo.

"Riddle, seu sangue-ruim... Com inveja? Claro, você nunca foi amado, não é mesmo?"

"Afinal, seu pai trouxa sempre lhe odiou e te ignorou a vida toda..."

"E um bebezinho fraco e indefeso como eu era foi o suficiente para te destruir... Te fez virar uma sombra, um expectro mal acabado!"

"Você não sabe o que havia na profecia, Riddle... Vai se arriscar? Você precisa de mim até para viver, infeliz. Se não fosse MEU sangue você seria apenas um projeto de espírito."


Eu podia sentir a minha menina desfalecendo... Eu tinha que pensar em alguma coisa mais efetiva para tirá-lo dali. Lembrei de súbito, das palavras de Dumbledore depois que voltamos do Departamento de Mistérios... Sobre o poder que eu tenho que ele não tem. Lembrei-me imeditatamente da minha visão no Espelho de Ojesed, no primeiro ano, meus pais me abraçando... na felicidade que senti de encontrá-los ali...

Ele retrucava

"Eles estão mortos, infeliz!"

Eu respondia instantaneamnete - "Ora, veja só... mesmo mortos eles ainda me amam! Eu os amo e respeito. Sente isso? Sinta o amor que eu tenho por eles, se for capaz! E me diga... Onde estão seus pais, Riddle?"

Continuei projetando para ele pensamentos da minha felicidade... mostrava a ele como eu fui feliz quando a encontrei... E o quanto ela era importante pra mim... Que independente do que acontecesse, eu a amava e isso ninguém podia tirar de mim! Uma brisa morna começou a circular em minhas veias, aquecendo e confortando a minha alma.

"Eu a amo, Riddle! Alguma vez você foi capaz de amar alguém? Sempre sozinho! E ninguém nunca sentiu amor por você... Só medo e asco!"

Então eu a vi perdendo completamente os sentidos e Voldemort me dizia... "Olhe para ela, insolente. Ela morreu. E você não veio salvá-la... O cadáver dela jazerá aqui até que seja encontrado..."

Segurei o desespero e me mantive firme. Então eu não vi mais nada.
Sentei no chão, num canto, em meio à balburdia, abaixei a cabeça, pensando no que mais eu podia fazer.

(continua)
Arwen Lórien Potter às 21:55 h

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