sábado, julho 16, 2005

Duelo de Titã - Final

Por Harry Potter


Ela está viva ainda... eu sinto isso!

Hermione e Neville passaram por mim descabelados, no instante em que eu desencostava da parede fria de pedra.

Harry, o que está acontecendo? Vamos, saia daí!

Dizendo essas palavras, minha amiga explodiu os pedregulhos que obstruiam nosso caminho. Eu estava exausto, esgotado, infeliz.

Hermione, preciso ir à floresta! Se eu não voltar, chamem ajuda, entenderam?

Peraí, você não pode ir sozinho, eu vou com você!, ofereceu-se Neville, já correndo desembestado para além das ruínas.

Eita, mas assim fica difícil, eu também vou!, concluiu Mione um tanto contrariada.

Enquanto corríamos em direção à saída do castelo, podemos percerber que muitos dos invasores haviam sido exterminados. Havia um quê de sossego nos cercando... Acho que enfim, haviam conseguido controlar a situação.

Harry, o que vamos fazer lá? Por favor, nós devemos ficar aqui!, reclamava Hermione, ofegante.

Arwen está lá, Voldemort a atraiu para a floresta!

A amiga colocou uma das mãos na boca e Neville soltou um gritinho de pavor.

Eu sabia! Eu sabia que aquela carta tinha alguma coisa muito perigosa! A mãe dela deve ter sido capturada e aí...

Como ninguém fez menção de responder o ou de concordar com comentário de Hermione, ou ainda pela falta de fôlego, minha amiga resolveu calar-se. Uma decisão muito oportuna, diga-se de passagem.

Alcançamos finalmente o saguão. Trasgos caídos por todos os lados. Arpéus e furanzões feridos, ensanguentados, dilacerados. Comensais estuporados, outros petrificados, alguns mortos. Muitos deles, com certeza, fugiram. Desolação e destruição para qualquer lado que olhássemos.

Vamos, andem!, disse impaciente.

Não vamos precisar ir mais... - Hermione retrucou, visivelmente abalada ? Olhe.

Ela apontou em direção ao buraco onde outrora ficava a porta de madeira maciça que selava o hall de entrada do castelo. Por ele emergiam quatro figuras, um rapaz alto e forte, carregando um corpo no colo...

Paddy O'Connoly entrava pela porta principal, carregando Arwen nos braços, seguido de perto por Marjorie McGonagall e Owen Cadwell.
Corri até eles, ansioso. Hermione e Neville estavam obviamente assombrados.

Ela estava ali, desfalecida, pálida, fria.
Hesitei em fazer a pergunta que gritava dentro de mim... por fim, soltei.

- Ela não está...

Marjorie respondeu-me delicadamente, enquanto caminhávamos a passos largos e apressados em direção à ala hospitalar.

- Não, Harry. Ela não está morta. Ainda. Tem uma pulsação fina e débil, mas tem. Vamos levá-la até Madame Pomfrey. Precisamos aguardar, para ver o que acontece.

- Mas ela não vai...

- Ela ainda corre risco de vida, Harry - disse a moça, bondosamente - isso foi um baita ferimento causado por harpíona.

- Bicada de harpíona não é algo muito simples de se tratar, Harry... se a pessoa sobrevive, pode ficar lesada psiquicamente para o resto da vida, alguns descabam para a loucura e nunca mais voltam ao normal. Isse SE a pessoa consegue... - Hermione ia dizer algo, hesitou e não terminou a frase, mas entendi "SE a pessoa consegue... sobreviver" - Fora o ferimento em si, que aparenta ser muito grave e a fez perder muito sangue... Bom, temos mesmo que esperar.

Calei-me. Não tinha como me controlar. Sentia as lágrimas teimarem em fluir pela minha face, emergindo por trás dos meus óculos trincados e empoeirados, embora eu rangesse os dentes tentando impedí-las.

Façam com que ela não morra! Será minha culpa se ela morrer - eu me torturava, enquanto caminhava até a ala hospitalar.
Arwen Lórien Potter às 12:52 h

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