sábado, agosto 19, 2006

Enquanto isso, na sala de Justiça, ops, na Ala Hospitalar...

Um fiasco completo. Pleno domingo pós-Hogsmeade e Arwen dava voltas no mundo, vendo o globo girar. O fim social, "maldito uísque de fogo!", resmungava a menina enquanto era carregada pelo arrastão de amigos rumo à sua redenção.

O grupo seguia rumo à Ala Hospitalar para levar a marotinha tontinha da silva na tentativa de curar sua pequenina ressaca. Alexis segurava a zoreinha por um braço enquanto Dani agarrava o outro, para evitar qualquer acidente desagradável com a querida elfinha. Ou para evitar que se levantasse alguma suspeita maliciosa por parte dos fofoqueiros howartinianos de plantão.

"Uma marota incomoda muita gente.
Duas marotas incomodam muito mais..."


Na retaguarda da marotada seguiam Belmont, Purple e Bittes, escoltando as moçoilas. Na realidade, eles chamavam ainda mais a atenção para o bizarro grupo. Afinal, não é todo dia que três lindas damas são resguardadas por três lindos rapazes como verdadeiras celebridades. Mas a trupe estava pouco se importando com os olhares curiosos. Queriam mesmo é ajudar a pobre Tonta.

Ao chegarem na ala hospitalar, Madame Pompom ficou deveras assustada com o estado da Zoreiuda.

- Mas o que você andou tomando, menina? - perguntou a enfermeira com as sobrancelhas meio erguidas.

- Uiis... Ai! - Arwen tentou falar, mas foi impedida por um solavanco de Alexis. Somado a um puxão de Dani Lupin, a marota não teve outra alternativa senão ficar quieta.

- Hã? - Pompom parecia estar entendendo lhufas.

- Ela misturou cerveja amanteigada com delícias gasosas e suco de abóbora espumante ontem à tarde, em Hogsmeade... - falou Alexis rapidamente.

- Então deite-se. Vou até o armário buscar alguma coisa para sua ressaca. Onde já se viu misturar tudo quando é tipo de guloseimas de Hogsmeade! Essas crianças... - E querida madame Pompom saiu resmungando em busca do antídoto para nossa heroína bebum de plantão.

Arwen se acomodou na cama, mas olhou confusa para as meninas.

- Por que vocês não me deixaram dizer a verdade? E se ela me trouxer um remédio que não sirva para o meu estado caótico de semi-coma alcoólico? E se eu ficar pior do que eu já estou? E se eu entrar em estado de mal acidótico diabético? E se...

- Sua Tonta! Nós só temos 15 aninhos! - Falou Miss Dumbledore - Não temos permissão para beber whisky de fogo. Acho que nem Vô Dumbie tem permissão para tomar isso. Se ela fica sabendo e decide contar para algum professor, além da bronca, você e o Josh ganham uma super detenção estilo Snape-chiquita-bacana!

- E é bem capaz de proibirem a ida de vocês a Hosmeade. Vocês deveriam ter pensado antes de entornarem todas as garrafas de whisky de fogo da Madame Puddifoot goela abaixo. - zangou Dani, com cara brava para os dois arteiros.

- Sim mamães! - Arwen virou a cabeça emburrada para as duas e a enfiou travesseiro adentro. Um puff abafado e penas de ganso voejavam no recinto, tamanha a fúria da garota ao socar as fuças no travesseiro.

Belmont, silencioso, parecia um tanto atordoado com aquela situação. Porém, não podia negar, era extremamente curioso e deveras engraçado ver as bochechas rosadas da marota das orelhas afundando num mar de penas brancas. Como também estava envolvido no processo penal, sentiu-se na obrigação de tentar dizer ou fazer algo que pudesse amenizar a coisa. Estava prestes a abrir a boca quando a enfermeira retornou, trazendo um bule fumegante, uma xícara e alguma coisa gosmenta cheirando a azedo dentro do recipiente.

- Aqui está, mocinha. Beba tudo e durma um pouco. - Madame Pomfrey entornava a coisa gosmenta na xícara, fazendo Arwen se sentir ainda mais nauseada - E quanto a vocês, se não estiverem padecendo do mesmo mal, podem dar meia volta e chispando daqui. Ela precisa de repouso.

- UHG! Depois disso, vou precisar mesmo é de um bom sal de frutas! Que nojo! O que tem aí dentro? Bosta de morcego cozida com repolho? - Potter esverdeada, virava a cara contra a xícara, colocando a mão livre na boca.

- Isso é poção anti-ressaca juvenil. Beba tudo e fique quieta, ou serei obrigada a chamar a professora responsável pela sua casa, mocinha! - A enfermeira estava ligeiramente ruborizada e parecia um tanto brava. Diante disso, ninguém discutiu. Arwen bebeu a poção num só gole e imediatamente se enfurnou debaixo das cobertas - até mesmo para evitar mais um olhar curioso da turma. A galera, percebendo que a marota não estava para conversa, deixou a enfermaria aos sussurros.

Tão logo se viu só, Arwen virou para o lado da cama e vomitou. Sentindo-se mais aliviada, se acomodou no colchão macio e pôs-se a pensar nos últimos acontecimentos. Uma suspeita de assassinato do pai... Uma boneca que fala... Um porre com Belmont...

Longe de se sentir mal com tudo isso, ao contrário - uma onda de curiosidade e uma necessidade imensa de bancar mais uma vez a investigadora de araque, a surtada anti-Chang e a companheira de bebedeira do Belmont a fez sorrir displicentemente.

"Merlim bem que podia me gracejar com mais fins de semana como esse..." - pensava a menina.

Escrito por Dani Lupin e Arwen Potter

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