sábado, setembro 24, 2005

Changes

A noite estava muito mais escura que o habitual e não haviam estrelas no céu. Uma fina névoa encobria parcialmente a visão dos alunos que desciam, aos empurrões, do Expresso de Hogwarts, na estação de Hogsmeade.

Arwen saltou da locomotiva, logo após Dani Lupin. Alexis, Dani, Joseph e Daryl caminhavam entre o tumulto de jovens se dirigindo às carruagens que os levariam até o castelo. Arwen ficou para trás, parada, na porta do trem, esperando que Harry descesse.

As amigas e os rapazes notaram a ausência da garota e voltaram até a porta do Expresso, onde ela estava parada, olhando para dentro. O trem agora estava aparentemente vazio.

- Arwen, ehhrr... - começou Alexis, meio sem jeito.

- Tudo bem, ele não apareceu... - respondeu a menina, adivinhando a pergunta da amiga e dando mais uma esticada de pescoço para olhar dentro da locomotiva - Vamos indo...

Enquanto caminhavam aos tropeços rumo às carruagens, Arwen quis saber do que tratava os bilhetinhos que conseguiram tirar o humor das duas marotas durante alguns segundos.

- Convite para almoçar na cabine do novo professor de DCAT, Horace Slughorn - respondeu Alexis, fazendo cara de deboche.

- É, pelo tipo de convite e pelo movimento que percebi no trem, parecia mais uma reunião de puxa-sacos do que qualquer outra coisa - resmungou Dani Lupin - Detesto essas panelinhas, papis já me falou desse professor... Ele gosta de reunir os que ele considera "os melhores" em reuniõezinhas festivas, principalmente os filhos, netos, sobrinhos ou parentes de alguém de nome ou influente... Eca!

Arwen deu os ombros. Afinal, ela de fato não era alguém importante... Nem considerada digna de merecer um convite para almoçar na cabine do professor. Mas mordeu os lábios discretamente, ela sabia que Harry estava nesse almoço. Se ao menos ela tivesse sido convidada, talvez poderia ter convencido às meninas a irem até lá, só para ver qual era...

Enquanto ruminava seus pensamentos, trombou nas costas de Joseph, que havia parado de caminhar. Arwen corou, pedindo mil desculpas. O rapaz, sem graça, acenou que estava tudo bem... Mais uma vez, sua distração causara um pequeno acidente...

"Às vezes acho que a Avoada aqui sou eu..." - pensava alto, quando viu as carruagens e as pessoas embarcando. Parou atônita e ficou boquiaberta olhando para adiante do veículo que os levaria à Hogwarts. Mas afinal, aquilo então eram...

- TRESTÁLIOS! - gritou a menina, um tanto pálida, ao ver os animais.

- E o que tem demais nisso? Todo mundo vê os trestálios... - dizia Alexis, num tom displicente - eu sempre os vi, não sabia que você nunca havia reparado neles e...

- Pois eu continuo não enxergando nada além das carrocinhas... - interrompeu Dani Lupin - e nem tenho motivos para isso, nunca vi alguém morrer debaixo dos meus belos olhos castanhos...

Alexis olhou para a amiga com uma interrogação estampada na testa - Mas eu também não lembro de ter visto algo assim e sempre vi os bichos!

Arwen continuava parada, olhando os animais, inicialmente fantasmagóricos. Mas encantadores num segundo momento.

- Pois eu tenho motivos de sobra para vê-los agora, não é? - disse a menina, com a voz meio embargada, como se estivesse prendendo o choro.

Ao mesmo tempo em que seria bom para a pequena elfa voltar para a escola, ela tinha noção de que também seria difícil e sofrível. Afinal, perdera sua mãe, toda a família que ela possuía na vida ali, nos arredores do castelo de Hogwarts. Talvez pudesse ter escolhido ficar em Lothlórien e nunca mais ter que encarar essa realidade. Talvez pudesse ter pedido para mudar de escola. E enquanto as minhocas consumiam os neurônios da menina, uma vozinha lá dentro da sua cabecinha conturbada dizia:

"Você é uma grifinória, mocinha. Seja forte! Enfrente-se!"

Sentiu um calor abrandando os seus temores. Olhou para o anel de pedra azul clara em seu dedo anular direito. Ergueu a cabeça e entrou na carruagem.

E enquanto seguiam em direção ao porto seguro que Hogwarts representava, ela permanecia calada, mais uma vez perdida em si mesma, confabulando com seus botões, enquanto os colegas de carruagem continuavam conversando...
Arwen Lórien Potter às 08:03 h


Encontros e Desencontros

Para variar, uma confusão dos quintos na hora de ir à estação ferroviária de King's Cross. Se quando Arwen ia somente acompanhada da mãe já era um horror, imagine este ano - Arwen, Dani Lupin e Alexis, acompanhadas dos Lupin e dos Dumbledore... Mais os malões, as corujas, as bolsas-extra de coisinhas supérfluas da Dani Lupin, mais o tumulto das pessoas que iam e vinham na estação...

Enfim, atravessaram todos em segurança e imperceptivelmente a barreira interposta entre as plataformas nove e dez. O ar estava pesado, o clima era tenso e Arwen provavelmente os sentia mais que os outros... Por razões óbvias, dada a sua sensibilidade exagerada de perceber e ouvir pensamentos alheios e pressentir... Já havia presenciado em si mesma um sentimento semelhante ao que ela sentia na atmosfera naquele momento... No primeiro embarque, no primeiro ano... No dia que os dementadores fizeram uma vistoria no Expresso de Hogwarts à caça de Sirius Black.

As meninas não paravam de falar. Alexis soltava Felisbertas esporadicamente, seguidas de fogos filibusteiros da Dani Lupin. Paravam ao observar o olhar repreensivo dos pais. Arwen ria, mas preocupava-se em procurar por Harry no meio do povo. Olhava de um lado a outro na plataforma, mas não o encontrara.

O professor (Arwen nunca iria deixar de chamá-lo assim) Lupin estava com a aparência mais abatida que nunca. Apesar de todos estarem aparentemente cansados, o antigo professor de Defesa Contra a Arte das Trevas estava de fato mais afetado que os demais.

- Melhor entrarmos logo, ou não vamos conseguir uma cabine para nós! - disparou Alexis, já beijando os pais e indo voluntariosamente em direção à porta do trem - Vocês vão ficar aí paradas???

Despediram-se do pessoal e embarcaram. Como prevera Alexis, não havia cabine vazia. Mas ela parou estatalada na porta de uma delas e abriu um largo sorriso...

- Josh!!!

Cumprimentou efusivamente o rapaz de cabelos cinzentos. Ele respondeu ao cumprimento da amiga e sorriu muito timidamente, quando avistou e acenou para as meninas.

Alexis foi acomodando sua bagagem no compartimento acima das poltronas. As meninas fizeram o mesmo. O rapaz havia sido transferido para Hogwarts há 1 ano, era amigo de infância de Alexis e estava na mesma sala da Lupin, e embora se conhecessem de vista, nunca haviam conversado.

No início, só Alexis falava. Logo Dani Lupin e Arwen dispararam a matraca e o pobre Joseph ficou quieto, observando a tagarelice das meninas. Às vezes fazia um ou outro comentário perdido no tempo e no espaço. Percebia-se que o rapaz estava um tanto tímido na presença de pessoas que ele mal conhecia.

Foi quando abriu-se a porta da cabine. Um rapaz LINDO, de olhos cor de violeta, cabelos castanho-claro, aparência de modelo, altura e porte de príncipe e educação indiscutível surgiu diante do trio de garotas e do rapaz corvinal.

- Arwen, fecha a boca ou procura o queixo no chão - sussurou Dani Lupin no ouvido da amiga.

- Olá, perdoem-me o incômodo... Cheguei um pouco atrasado e não encontro um lugar para me acomodar... - e sorriu, derretendo as meninas - Oh, desculpem, meu nome é Purple, Daryl Purple, acabo de ser transferido para Hogwarts... Será que eu poderia...

- Ah, mas claaaaaaaaaaro! - disse Dani Lupin, já se arrastando para mais próximo da janela para caber o moço no banco.

Dali em diante a viagem foi o que há de mais bizarro. E divertido também. Daryl Purple é um rapaz que entende de assuntos dos quais as meninas gostam de falar. E simpatizaram logo de cara com ele. Muito alegre, conversava animadamente com as garotas, e Joseph, eventualmente, dirigia-lhes a palavra, quando o comentário se referia a ele. Daryl entendia de moda, de cores, de música, de jogos, de diversão, de danças de salão e outras coisas que as garotas em geral reclamam que seus namorados não têm sensibilidade para notar. Dani Lupin tirou da sua bolsa-extra um conjunto maravilhoso de sombras para olhos purpurinado, mostrando às amigas e o rapaz sugeriu algumas ocasiões em que ela poderia aproveitar essa ou aquela cor, combinadas com acessórios que ele viu na bolsa e o brasão da Corvinal...

Alguém abriu a porta, entregando um bilhete à Alexis e outro à Dani Lupin. Alexis leu, embolou o pedaço de pergaminho entre os dedos e o atirou pela janela do trem. Seja lá o que era aquilo, ela não havia gostado. E pela cara da Lupin, ela também não. Só se limitaram a dizer:

- Diga-lhe que agradecemos o convite, mas estamos com convidados aqui também.

Arwen e Daryl iam interrogar as moçoilas sobre o que se tratava, mas carrinho de doces passou bem na hora. Encheram-se de guloseimas. Arwen entupiu-se de bolos de caldeirão, um de seus doces favoritos... Dani Lupin reclamava porque não vendiam cerveja amanteigada no Expresso... Daryl Purple limitou-se a uns poucos sapos de chocolate, não queria perder a forma... Joseph por instantes esqueceu a timidez e comprou MUITOS sapos de chocolate. Alexis mal falava, pois sua mãe ensinara que era feio falar de boca cheia... Fora a chance dos sapos de chocolate fugirem de sua boca...

O clima festivo continuou e Arwen saiu da cabine em busca de Harry. Até chegou a encontrar a cabine onde ele estaria, onde estavam Neville e Luna, mas ele havia saído e ainda não havia retornado.

Ela voltou para a cabine e olhou o relógio... Era quase hora do desembarque. Colocaram as vestes da escola e finalmente, o trem começou a perder a velocidade...

Estavam em Hogsmeade.
Arwen Lórien Potter às 08:02 h


Felisberta no Beco Diagonal

O Beco Diagonal nas vésperas do início das aulas é sempre um pandemônio. Com aqueles zilhões de cartazes com instruções de defesa espalhados por todos os lados, placas, e aqueles insuportáveis panfleteiros a serviço do Ministério da Magia entregando regras normativas de conduta para segurança pessoal e familiar, estava simplesmente a cópia do que deve ser o inferno. Peguei um daqueles e parei para ler, no meio do povaréu. Só senti o puxão no cotovelo direito me jogando para frente e quase tropecei e caí de fuças no chão.

- Dona Tonta, dá pra ler isso outra hora? Estamos atrasadas, ainda temos que ir na Floreios e Borrões e essas sacolas estão pesadas!

Dani Lupin falava com as mãos na cintura e duas sacolinhas mixas contendo alguns ingredientes para poções em uma das mãos, batendo o pé no chão, impaciente, enquanto Alexis se acabava de rir da cena.

Guardei o papel no bolso das minhas vestes. Olhava para os lados, ansiosa, procurando encontrar algum rosto conhecido no meio da multidão... Um rosto marcado por uma cicatriz em forma de raio na testa, moldurado por cabelos muito negros e desgrenhados, olhos verdes muito intensos e os óculos que eu amava. Mas não avistei nada semelhante...

Continuamos nossas compras de livros. Passamos em frente à sorveteria, mas estava fechada. Assim como outras tantas lojas. Inclusive a... Loja do Senhor Olivaras???
Definitivamente, o Beco Diagonal não era mais o mesmo... A bem da verdade, nada mais era igual ao passado (se é que algum dia já foi). Nem eu mesma. Em tão pouco tempo tudo mudou tão drasticamente que eu mesma mal me reconhecia. Mas as minhas amigas... Bom, essas nunca mudam e nem precisam mudar. São perfeitas como são.

- Preciso passar na Madame Malkin, pra fazer vestes novas... - avisei às meninas e ao professor Lupin, que nos acompanhava.

- Hum, a marotinha comeu tanto lá na terra dela que até engordou! Hahahahaha! - Zoava Alexis.

Fiz cara de zangada para ela, que baixou a cabeça fazendo bico, dizendo "eu num fiz nada demais..."

Entramos na loja de vestes, e a senhora me fez subir num banquinho. Tive que ouvir o feliz comentário "nossa, como você cresceu, e está mais fortinha também!". Affe! A mulher me mediu de cima embaixo, com uma fita métrica e saiu, nos deixando a sós. O professor Lupin ordenou que não saíssemos dali, ele iria na loja ao lado e já voltava.

- Mas papai, ande logo, queremos ir à loja dos Weasley!

O professor fez cara de poucos amigos para a filha e saiu.
Ele saiu e Pansy Parkinson entrou. Automaticamente. Assim, como um presente dos Deuses para nós, sedentas de marotices.

A sonserina nojentinha torceu o nariz para nós e fez aquela cara habitual de "estou sentindo cheiro de bosta". Empinou-se toda e foi atrás da dona da loja.

- Ah, querida, aguarde só um minutinho, estou atendendo essas mocinhas aqui... Pode se sentar ali, naquele sofá, já estou terminando...

A sonserina enrubresceu e esbravejou.

- EU EXIJO SER ATENDIDA AGORA. Não vou esperar por causa de uma semi-humana, uma sangue-ruim e uma filha de lobisomem!

A dona da loja contraiu os lábios e saiu em seguida, para buscar mais vestes. Era a nossa vez de agir. Pisquei para a Dani Lupin, que olhou para Alexis, que olhou para a sua bolsa. Madame Malkin voltou entregando-me as sacolas, paguei-lhe o que devia e já íamos saindo quando...

- Ai, esqueci minha sacola com a comida para Nix! - falou Alexis num tom teatral, dando um tapinha na testa.

Entrou, pegou a sacola com a ração da coruja e deixou bem atrás da metidinha sonserina uma... Felisberta.

Mal acabamos de sair e ouvimos a explosão e sentimos o fedor. Olhamos pelo vidro e a mocréia estava coberta de instrume dos cabelos à ponta dos pés. Quase morríamos de rir do lado de fora, quando o senhor Lupão voltou... E nos olhando de canto de olho...

- Bombas de bosta outra vez? Mas quantas vezes eu preciso falar que...
- Ah papis, ela bem que merecia vai? E você nem pode falar muito não... Seu curriculum escolar é bem pior que o nosso... Dá um desconto pra gente, aquela menina é um pooooorreeee!

O professor Lupin apenas se dignou a menear a cabeça negativamente, com um sorriso esboçado nos cantos dos lábios.

E seguimos, felizes, para a Loja dos Weasley! Afinal, precisávamos abastecer nosso arsenal de guerra... Este ano que se inicia promete... E que venham os NOMs.
Arwen Lórien Potter às 08:01 h

sexta-feira, setembro 16, 2005

Almost Unreal

Estávamos já na casa dos Lupin, em Hogsmeade, e Marjorie foi bastante piedosa conosco. Não contou nada sobre a Felisberta, para a o bem e felicidade geral das Marotas de plantão.

Enquanto Alexis e Dani Lupin se divertiam no andar de baixo da casa, retirei-me para tomar um banho e descansar. Estava de volta ao mundo real. Sentia o peso do ar, como se fosse chumbo em minhas costas. O clima no Reino Unido realmente estava péssimo. Catástrofes, mortes, desaparecimentos acontecendo por todos os lados, tanto no mundo bruxo quanto no trouxa. E, cá no meu mundinho, inevitavelmente eu viajava, lembrando das minhas mazelas pessoais e tão relacionadas ao novo estado de ânimo que invadia a Inglaterra...

Joguei-me em cima da cama conjurada pelo professor Lupin e pus-me a pensar em Harry. Fazia tempo que eu não tinha notícias dele. Onde estaria agora? Estaria bem? Vivo? Além dessas preocupações, ainda tinha a promessa de minha mãe... Algo que eu deveria cumprir, mas não queria...

Foi quando ouvi batidas leves na janela. Vislumbrei uma coruja branca, que reconheci na hora: Edwiges. Abri correndo a vidraça, para que ela entrasse, peguei a carta em seu bico e dei-lhe umas coçadinhas no cocoruto da cabeça, agradecendo.

A carta era um tanto longa, mas seca. Dizia que estava na Toca, em companhia dos Weasley e que e que Fleur Delacour estava lá. Contava que andara ocupado, e observando movimentos estranhos de pessoas próximas. Que soubera de coisas terríveis que aconteceram com pessoas conhecidas. Desaparecimentos. Mortes. E que ele estava sendo vigiado 24 horas por dia.

"Babe, Come in from the cold
And put that coat to rest
Step inside
Take a deep breath
And do what you do best
Yea
Kick off them shoes
And leave those city streets
I do belive
Love came our way
Fate did arrange
For us to meet"


Perguntou como eu estava e como haviam sido as férias. Dizia que ele estava preocupado com o que poderia acontecer comigo, e também que o perigo poderia estar mais próximo do que pensávamos. Mas que não podia contar nada além daquilo, pois corujas podem ser interceptadas.

"I love when you do
That hocus pocus to me
The way that you touch
You've got the power to heal
You give me that look
It's almost unreal
It's almost unreal"


Terminou a carta dizendo "nos vemos em Hogwarts, então. Afetuosamente, Harry." Perdi-me de novo em meus pensamentos. Ele não era o exemplo de namorado atencioso e apaixonado. Mas me dera uma prova dos seus sentimentos no final do último semestre... Mesmo assim, ele me parecia distante. E eu, ainda sem saber o que fazer. Afinal, prometi à minha mãe...

"Hey
We can't stop the rain
Let's find a place by the fire
Sometimes I feel
Strange as it seems
You've been in my dreams
All my life"


Decididamente, eu estava num dilema. Sabia o que deveria fazer, mas não podia. Não iria conseguir. Alexis já havia conversado comigo sobre o assunto. Ela concorda que uma promessa que se faz à sua mãe enquanto ela morre em seus braços não pode deixar de ser cumprida, por mais que isso venha a doer. Mas deixá-lo ir assim... Depois de tudo... E depois de todo esforço que ele fez para me livrar daquele pesadelo...

"I love when you do
That hocus pocus to me
The way that you touch
You've got the power to heal
You give me that look
It's almost unreal
It's almost unreal"


Peguei uma pena e me pus a escrever-lhe uma resposta. Tentei parecer feliz, dizia que tinha novidades interessantes para contar a ele quando nos encontrássemos. Mas acho que nas entrelinhas das minhas frases aparentemente sorridentes, estava explícita toda a minha agonia. E eu sinto, eu sei que tem algo errado. Além de promessas. Além de tudo. Além do que os olhos humanos podem perceber. Algo que talvez só o coração de uma pessoa com o sangue de Galadriel correndo em suas veias possa sentir. Ou algo que qualquer garota com um sexto sentido aguçado possa perceber...

"It's a crazy world out there
Let's hope our prayers
Are in good hands tonight"


Coloquei a carta no bico de Edwiges e pousei um beijo em sua cabecinha. Ela voou pela janela alcançando rapidamente a imensidão do céu até desaparecer de vista.

* Música: Almost Unreal, de Roxette.
Arwen Lórien Potter às 09:45 h

sábado, setembro 03, 2005

Don't cry for me Galadhrim

Escrito por Dani Lupin

Estava tudo tão calmo em Lorien.... calmo até demais se vocês querem saber minha opinião.
Os pássaros cantam, os rios fluem numa harmonia serena e embriagante. Os elfos são as criaturas mais tranquilas que eu já vi em toda a minha vida bruxa. Não são ambiciosos como os gnomos, nem agressivos como os sereianos, tão pouco burros como trasgos. Possuem leveza e sabedoria dosadas de maneira adequada. Realmente deveríamos ter pelo menos uma matéria em Hogwarts com elfos, sei lá talvez literatura élfica, ou história élfica. Não...nada de história, seria mais uma aula para dormir. Então deixa pra lá.
Desde minha vinda, ocupamos nosso tempo meditando, dormindo, brincando,, dormindo, tomando banho de rio, dormindo, comendo frutas na árvore, eu já falei que nós também dormimos muito? Nossa....que sono ultra mega doido é esse que dá na gente do nada!

E esse é o nosso último dia de "hospedagem élfica". Geralmente as coisas tem um lado ruim e outro bom. O lado ruim é que vamos ter que ir embora desse lugar lindo. O lado bom...
-outro lado ruim é que as férias estão terminando, já que temos que ir embora -
O lado bom eu ainda não descobri, mas se vocês souberem por favor conta pra gente, tá?!

Marjorie e Arwen chegaram de um passeio super saltitantes...

Marjorie: Meninas, temos boas notícias pra vocês.

Alexis: As aulas foram adiadas?

Dani: Vocês trouxeram cerveja amanteigada?

Arwen: Muito melhor. Faremos uma apresentação de despedida para os elfos.

Alexis e Dani se entreolharam.

Alexis: Qual é orelhudinha. A águinha mágica te deixou bêbada ao invés de Tonta? Como assim uma apresentação?

Arwen: Lembra que tínhamos combinado de que você iria tocar harpa? Você tava até treinando..

Alexis: Tonta, o que isso tem a ver? Eu tava só distraindo a cuca. Não tinha nada mais interessante pra fazer. o.O

Arwen: Pois então, a Marjorie andou conversando com o povo élfico e eles disseram que seria uma excelente forma de agradecermos nossa estadia aqui fazendo uma apresentação simbólica, para mostrar nossa felicidade e gratidão por eles.

Dani: Ai ai ai... isso não vai dar certo...

Arwen: Claro que vai Avoada. Imagina só. Alexis vai tocar harpa. Eu vou tocar flauta.

Dani: E desde quando você toca flauta?

Arwen: Ah, parece ser fácil. Na hora você vai ver, ou melhor...vai ouvir. E você...

Dani: Eu vou ficar de expectadora. No quadribol faço isso como ninguém.

Arwen: Nada disso. Você não vai querer fazer desfeita com o povo élfico. Você vai cantar.

Alexis: Num tõ falando Dani. Aquela aguinha tem alguma coisa. Qual é a sua intenção, marota? Desbancar as Esquisitonas?

Dani: Podemos dizer não? Num seria mais fácil chegar e apertar a mão deles e dizer que ficamos muito felizes e que pretendemos voltar outras vezes e que recomendaremos o SPA deles para o resto do mundo bruxo?

Arwen: Isso já está decidido. E eles já estão nos esperando.

Alexis: O QUÊ? AGORA?

Dani: Mas pelo menos para encerrarmos com chave de diamante, podemos no final jogar a Felisberta? Tava guardando ela para um momento especial...

Alexis: Cabeça dura voce mesmo heim!

Dani: Confessa que você tá louquinha pra ver a Bertinha em ação.

Marjorie: Sim meninas, vamos logo. Assim que se apresentarem iremos embora, e já estamos atrasadas. Mas o que é uma Felisberta?

Arwen: Aguarde e verá!

Chegando ao local da apresentação, um local onde algumas árvores pareciam ter sido removidas, para que parecesse mais espaçoso, um grande número de elfos aguardavam nossa chegada. No centro, os instrumentos já nos esperavam. Ficamos em nossos postos, e o início seria dado com a primeira nota musical da Alexis.

" Neste lugar,neste lugar
encontramos coisas que sem esperar
estávamos perdidas, perdidas
e nos deram o que acreditar
Mesmo com tantas dormidas
aprendemos a nos comportar"


Alexis estava tomando uma verdadeira surra daquela maldita harpa. Se não fosse tão pesada, acho que ela teria tentado carregar no colo e tocar como uma guitarra. Numa dessas tentativas de levantá-la, a harpa escapou de sua mão e lascou um pedacinho no chão.

Alexis: Ups. Faiô!

Arwen que antes estava tão animada, parecia que também não estava tendo muito sucesso com a flauta. Já tava ficando roxa de tanto assoprar aquele tubo esquisito, e nada de bom tava saindo dele.

" E mesmo assim,e mesmo assim
Nossa história está longe de um fim
E com razão, e com razão
Vocês se lembrarão de mim
porque do fundo do meu coração
sentiremos falta daqui sim"


Este foi o pico de nossa apresentação. As cordas da harpa da Alexis arrebentaram e Arwen ficou tonta de tanto soprar. Achei que esse deveria ser o fim, então a Felisberta entrou em ação.

Bum!

E o fedor ecoou pela floresta. Muitos elfos saíram correndo com a fumaça e o cheiro. Marjorie olhava zangada para a gente.

Marjorie: Meninas, o que foi isso?

Arwen: (recuperando o fôlego) Poxa, que gente mal educada, nem ficaram pra se despedir.

Marjorie: Dani, pensei que seu pai tinha te alertado sobre não fazer marotices por aqui. Ainda por cima com bombas de bosta. Então isso era a Felisberta.

Alexis: Sim. Felisberta é só um código para bombas de bosta. Vem de "feliz quando aberta". Show dani. Adorei.

Dani: Já que nosso showzinho acabou, que tal irmos andando? Tô cansadona, louca pra chegar em casa e tomar um bom gole de suco de abóbora.

Arwen: Falou e disse. Vamos Marjorie, você mesma disse que estávamos atrasadas.
Professor Lupin deve estar roendo as unhas de ansiedade por notícias. Vamos.

Alexis: Vamos antes que ele termine de roer as unhas e passe a roer os bichinhos da floresta....hã....ah marotinha Avoada, tava blincando cum ocê, fofinha. Não fica bravinha não.



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OBS: Fic escrita pela minha grande amiga marota Avoada Dani Lupin, para fechar com chave de ouro nossas férias em Lothlórien.
Arwen Lórien Potter às 10:51 h


Se eu tenho certeza?

Fic escrita por Alexis Dumbledore

*Um pouco mais tarde, de volta à casa na árvore...*

Marjorie: Arwen, esta é uma decisão muito difícil. Assim como em Hogwarts você estaria perto de família e amigos, e seguiria o futuro que sempre buscou, aqui poderia viver em harmonia, aprender muito mais sobre suas origens e reinar junto aos seus. Tem certeza da sua decisão?

Arwen, que observava o mundo todo pela janela da casa, ouviu as palavras de Marjorie e olhou para o outro lado do quarto, onde Dani e Alexis cochichavam e davam cutucões uma na outra, sentadas em meio a um mar de almofadas.

Dani: Ôôôô! Deixe de ser toda irritadinha, Irritadinha. Qual o problema de ter trazido a Felisberta?

Alexis: Não dá! É que... ah, não dá! Não podemos brincar com o povo orelhudinho desse jeito! *joga uma almofada em Dani* Acho que não estão acostumados com coisas assim, vai que se enfurecem conosco e nos dão de alimento para aquelas árvores anciãs as quais a Orelhudinha nos contou?

Dani: *olhinhos pidões, devolve uma almofadada voadora em Alexis* Eu sei, não foi por maldade, você sabe. Mas ela estava tão sozinha lá. A Bertinha TINHA que vir conhecer esse lugar! E além do mais, ela está segura nas minhas mãos, não há porque se preocup... hummm... panquecas!

Alexis: Hey! Ow! Essa fala é minha!

Dani: Era! As panquecas me pertencem a partir de agora *risada malígna*

Alexis: MINHAS PANQUECAS NÃO! Devolva as... minhas... *atira várias almofadas* ... panquecas!

Dani: Ai! Não faz isso... ai! As panquecas são minhas, minhas, MIIIIINHAS!

Alexis: Você pediu, então agora terá guerra pelas panquecas!
*pula em cima da amiga com uma armadura feita de almofadas* Yááááááááá!

Dani: UAAAAAAAAH! Guerreiros do meu reino de cervejas amanteigadas: ao ataque! Que as terras panquecóides sejam conquistadas!

Arwen: Sim, Marjorie. Tenho certeza...

*Escrito por Alexis Dumbledore

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Esta é uma continuação improvisada do post "Na Cidade dos Galadhrim - Parte III - A Renúncia", e foi escrita e postada pela marota Alexis Dumbledore em um comentário. Achei que merecia um post e tomei a liberdade de colocá-lo aqui.
Arwen Lórien Potter às 08:23 h

sexta-feira, setembro 02, 2005

Na Cidade dos Galadhrim - Final

Os dias que seguiram o meu último encontro com a Senhora de Lórien transcorreram de maneira tranquila. Caminhávamos, comíamos, dormíamos e desfrutávamos da paz dos nossos últimos dias naquelas terras. Paz que era perturbada somente por Alexis dedilhando a bendita harpa, fazendo a população élfica desaparecer das proximidades de onde estávamos sempre que ela resolvia se arriscar um pouco mais. Nessas horas, eu lembrava de Felisberta...

Continuei estudando e compreendendo muitos dos dons que percebia em mim, mas nunca havia dado a devida importância. Acreditava que era pelo simples fato de eu ser bruxa, e que outros alunos e bruxos certamente também o possuiam. Ledo engano.

No nosso último dia em Lórien, a Senhora nos chamou até o jardim cercado, onde ela guarda seu instrumento precioso, o Espelho. Entregou-me uma caixa de madeira, com runas élficas gravadas em dourado na tampa. Abri-a. Era forrada por dentro com um tecido acetinado verde e continha dois livros, um maior e outro menor, uma espécie de diário, um pequenino feixe de cabelos amarrados numa fita e... um anel. Um anel dourado, adornado com uma pedra azul clara muito brilhante, gravado na sua face interior também em élfico. Dani Lupin e Alexis também ganharam caixas semelhantes à minha, mas a de Alexis continha um broche, um punhal e uma pena. A de Dani Lupin, um pingente prateado e livros. Antes que pudéssemos agradecer, Galadriel se pôs a falar:

- Arwen, esse anel foi encontrado junto de sua mãe, na Floresta Proibida, nos terrenos de Hogwarts. Foi dada a mim a sua guarda para que o entregasse a você, sua legítima dona. Ele foi confeccionado a meu pedido para presentear minha filha, mãe da Estrela Vespertina de quem você tem o nome. Vêm passando através das gerações, de mãe para filha. Este anel possui alguns poderes que você descobrirá com o tempo. Use-o bem.

Retirei o anel da caixa e coloquei-o em meu dedo. Senti um ligeiro tremor na espinha e um calor brando na alma. Galadriel prosseguiu:

- Herdando o Anel de Lórien, você deverá devolver o Anel dos Sonhos de Elrond, que voltará para Valfenda. Você não irá mais precisar dele.

Eu já não o usava desde que comecei a ter pesadelos, antes do ocorrido na Floresta Proibida. Retirei uma sacolinha de veludo vermelho das vestes com o anel dentro e entreguei à Senhora. Então de fato, era um anel que provocava pesadelos...

- Não pense assim, pequena Arwen. O Anel dos Sonhos foi de grande valia. Ele auxiliou a ampliar a sua visão para muito além do que os olhos humanos são capazes de alcançar... Agora a sua herança cumprirá também este papel.

Continuei olhando para o inteirior da caixa. Um feixe de cabelos?

- Senhora, e esses fios...
- São meus. Pode ser que você precise de mais alguns. Nunca se sabe até quando a varinha mágica de uma feiticeira vai estar intacta. Se for danificada, você já possui o cerne. Bastará encontrar um bom artesão e confeccioná-la.
- Mas o cabelo da minha varinha é...
- É meu, Arwen. Você tem o meu dom em sua alma e também em sua varinha. Mesmo escolhendo outro caminho, esta terra faz parte de você e estará sempre contigo.

Sorri, agradecida. Ela ainda nos entregou, a cada uma de nós, vestes cinzentas feitas de um tecido macio, sedoso, quase aquoso.

- São capas élficas de camuflagem. Também pedi para que separassem lembas e água purificada do Nimrodel. Acho que será o suficiente para que vocês viagem em paz. Também será útil quando voltarem ao seu mundo, vão ajudar a suportarem os dias escuros que enfrentarão. Agora vocês devem se adiantar. Logo começará a festa de despedida das jovens aprendizes de Dumbledore, o sábio.

Saímos do jardim e Marjorie nos esperava do lado de fora. Voltamos para a nossa árvore e preparamos nossa bagagem. Convidei minhas duas amigas para darmos mais uma volta pelas proximidades, para me despedir. Faltavam ainda alguns minutos para o jantar de despedida. No entanto, minhas fiéis escudeiras preferiram ficar embasbacadas, olhando os presentes (principalmente as capas) a me acompanhar no passeio. Novamente, pensei em Felisberta. Posso imaginar o que já estão tramando para as vestes. Marjorie então me acompanhou no passeio.

Saímos para que eu desse uma última olhada e adeus para a bela terra que descobri ser minha segunda casa.
Arwen Lórien Potter às 16:49 h


Na Cidade dos Galadhrim - Parte III - A Renúncia

Ainda atônita, depois das revelações da Senhora Galadriel de Lórien, cheguei à sombra da árvore onde Alexis dormira estranhamente. E qual não foi minha surpresa ao encontrar lá, muito antes do que eu esperava, de trólóló com a dona Irritadinha, a minha amiga Dani Lupin! Abri um sorriso do tamanho do mundo! Aquelas meninas eram minhas amigas, minhas companheiras e minha família! Lupin, marotíssima, levantou-se num salto e pulou no meu pescoço, com seus cabelos ondulados me sufocando. Alexis, que já estava (muito) bem acordada, viu aquilo e não se conteve:

- Aeeeeeeeeeeeee! Montinho na orelhudaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

E pulou em cima de nós. Caímos as três no chão, ainda rindo. Meu traseiro doía, elas são magrinhas, mas pesadas. Vai ver são como Madame Maxime, têm ossos graúdos. Mas quem se importa com a dor nas ancas quando a felicidade de reencontrar as pessoas mais importantes da sua vida está mais presente que nunca?

Passado o primeiro arroubo, olhei para os lados e não vi mais Galadriel (a Senhora, não a minha coruja). Dani me olhou séria.

- Arwen, tá tudo bem? Você está com uma cara!

Encarei meus pés descalços sobre a relva verde como se eles pudessem responder algo que eu não poderia. Levei minhas amigas para um lugar mais reservado, próximo ao pé da colina. Contei a elas o que a Senhora dos Galadhrim me havia revelado. Eu estava com um nó na garganta. Era maravilhoso saber que eu fazia parte daquele mundo lindo que acabava de conhecer, e que ao mesmo tempo, vivia nele como se nunca tivesse saído dali. Por outro lado, isso significava uma dor sem precedentes, talvez a mais próxima da que senti quando perdi minha mãe - eu teria que renunciar a Hogwarts. Minha vida bruxa. Minhas amigas. Só de pensar nisso, sentia o peito lacerando. O silêncio após minhas palavras foi profundo e nós evitávamos nos olhar. Alexis quebrou o gelo.

- Minha amiga, isso tudo é seu. É maravilhoso. Vai ser bom. É claro que não queríamos ter que nos separar, mas se achar que isso é o melhor para você, então pode confiar e contar com a gente.

- É, estaremos do seu lado seja qual for a sua decisão, mesmo que não possamos estar mais juntas - completou, quase chorando, Dani Lupin.

Meus olhos se encheram de lágrimas. Eu tive uma vida conturbada, não tinha mais família, perdi minha mãe a pouco menos de dois meses... Mas eu não estava sozinha. Não tinha pais, avós e tios, nem irmãos, nem primos. Porém, eu tinha sim uma família, sem laços de consanguinidade, mas outros, sem dúvida muito mais fortes e poderosos do que os laços de sangue: os elos do amor e da amizade. Aquelas criaturas marotas diante de mim eram minha família. E eu jamais trocaria a oportunidade de viver e crescer ao lado delas por nenhum reino, nem por nenhum tesouro, nem por nada.

Com a voz embargada, disse por fim:

- Minha decisão já está tomada. Eu volto para Hogwarts. Não posso ficar aqui, esse mundo faz parte de mim, mas existe muito mais além dessas terras... Toda a minha vida, meus sentimentos, meus planos...

As meninas me olharam sérias, mas com os olhos sorrindo. "Tem certeza que é isso o que deseja?"

Ao ouvir essas palavras, girei a cabeça sobre o ombro e ali estava, de novo, a Senhora. Marjorie vinha caminhando com Haldir logo atrás.
Abaixei a cabeça novamente encarando as unhas do pé. Respondi com a voz sumida, meio envergonhada, se é que saiu alguma coisa da minha boca.

- Sim, senhora. Me perdoe, não posso aceitar. Meu lugar é em Hogwarts, junto das minhas amigas, junto de tudo o que já vivi e dos sonhos que construí. Sinto muito, muito mesmo.

Galadriel apenas sorriu, mas um sorriso radiante. Sei que ela compreendeu. "Se é esse seu desejo, seja feita sua vontade.". E retirou-se em seguida.
Marjorie e Haldir a acompanharam e nos deixaram a sós.

Dani Lupin, muito séria, olhou para os lados para certificar-se de que ninguém poderia nos ouvir e sussurrou:

- Tenho uma coisa pra contar para vocês - verificou novamente se não havia ninguém à espreita e desembuchou - eu trouxe Felisberta.

Arregalei os olhos, Alexis também. Entreolhamo-nos. Encarei séria a minha amiga.

- Olha lá o que ela vai fazer hein?

Caímos na risada e decidimos aproveitar os últimos dias naquela paz e sossego do recanto mágico chamado Cidade dos Galadhrim. O mundo lá fora devia estar fervilhando com a volta Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e logo teríamos que encarar a dura realidade que se escancarava no Reino Unido.


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Arwen Lórien Potter às 14:44 h

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