segunda-feira, março 20, 2006

Dona Zoreia e seus três amigos

Alguns dias se passaram depois que Arwen conhecera Chris Storm. O lufano era um sujeito simpático e boa gente. Claro que não tão lindo quanto Daryl Purple nem tão... bom, melhor deixar pra lá, seja lá o que for que Arwen diria sobre o aprendiz de maroto Josh Belmont. Desde a volta do rapaz da viagem triste que fizera devido ao falecimento dos seus pais, o rapaz agora andava constantemente em companhia das meninas. A princípio ele era meio quieto. Agora parecia menos calado, embora ainda fosse o menos falante dos cinco amigos.

Os olhos violeta do Purple ainda intrigavam a menina por serem tão parecidos com os da garota da foto nos guardados de Liv Potter, mamãe Zoreia. Não tivera ainda a oportunidade de encontrar o poderoso Lupão, e nem tinha esperanças de que isso fosse acontecer tão cedo. Por outro lado, ainda se questionava se deveria perguntar o que fazer. Perguntaria ao rapaz Tudo de Bom se ele conhecia a moça? Comeria o mingau pelasa beiradas perguntando de maneira mais sutil sobre a família dele? Por que de repente tudo o que parecia tão calmo e tão quieto que era a sua família se desmoronara e virara um poço de interrogações?

O fogo da lareira aquecia o corpo da menina, mas seus pensamentos estavam longe dali. Estava perdendo tempo sentada na poltrona. Alexis tomou mais um chá de sumiço e Dani Lupin estava muito ocupada com seu namorado. Pegou alguns livros e foi para a biblioteca ler alguma coisa.

Andava em silêncio e sozinha pelos corredores e escadas que se movem. Numa delas encontrou o amigo corvinal Josh, também indo para a biblioteca preparar um trabalho de poções. O rapaz de cabelos negro-acinzentados e olhos escuros cumprimentou a menina e lhe fizera companhia até a biblioteca, enquanto conversavam amenidades.

Entraram e escolheram uma mesa. Apesar de sábado a biblioteca de Hogwarts estava apinhada de alunos. Cada um pegou suas tarefas, trocando algumas informações de quando em vez. Foi quando ouviram suspiros na mesa ao lado - um grupo de garotas da Lufa-Lufa e outro bando de meninas da Sonserina na mesa atrás dessa olhavam estatalados para a porta - um par de olhos lilases e andar de príncipe acabara de adentrar o recinto, sorrindo linda e alegremente quando viu a marota da zoreia. Caminhou até sua mesa, cumprimentando algumas meninas que conhecia enquanto se acomodava.

- Espero que não haja problema em eu ficar aqui com vocês - falou o sonserino - a biblioteca está tão cheia! O que estão estudando?

- Feitiços - respondeu Arwen.

- Poções para tirar pessoas de armários - resmungou Joseph com um certo ar irônico.

-Minha tarefa de História da Magia é de lascar qualquer um! - exclamou Purple. Também, 11 páginas de pergaminho sobre toda a história da fundação de Hogwarts...

- Veja pelo lado bom, pelo menos você encontra tudo isso naquele livro que a Granger insiste em que todos leiam - Hogwarts, uma história - respondeu Belmont sem tirar os olhos do seu pergaminho.

Continuaram estudando. Arwen sentia falta das amigas nos fins de semana quando essas não podiam estar por perto o tempo todo. Mas pelo menos estava em boa companhia.

Outra vez, ouviram ruídos nas mesas ao lado. Mas desta vez não foram suspiros, e sim cochichos e sussurros. Chris Storm acabara de entrar. Olhou para os lados aparentemente procurando um lugar para se acomodar. Avistou a mesa onde estava a grifinória de orelhas pontudas e se dirigiu para lá. Enquanto o rapaz se aproximava, ouviu algo como "como parece o Diggory!" vindo de uma das mesas. Realmente, lembrava e muito o rapaz que fora assassinado no Torneio Tribruxo, quando Arwen estava no terceiro ano.

- Olá! Como tem passado, mocinha nervosa?

- Não sou nervosa! - respondeu Arwen fazendo bico - eu só estava um pouco inquieta aquele dia. Ahn... não quer se sentar com a gente? Acho que a biblioteca está cheia... Se meus amigos não se importarem, é claro.

Os rapazes deram os ombros. Purple examinava o lufano recém-chegado. Na certa percebera que o rapaz também era novato na escola.

A grifinória apresentou o recém-chegado aos dois colegas e continuaram estudando. De vez em quando um ou outro fazia algum comentário sobre algo vago. Ouvia-se ainda alguns cochichos das mesas vizinhas.

Foi quando o inesperado aconteceu. Uma garota levantou-se de onde estava e se dirigiu até o grupo pouco comum de se ver: uma grifinória, um corvinal, um sonserino e um lufano. Sentou-se na mesa sem ser convidada, abraçando Arwen.

- Querida, quanto tempo! Como você está? Você faz os NOMs esse ano, não é? E seus amigos também? - falava a intrusa - Legal, um grupo de estudos para os NOMs. Posso me juntar a vocês? Vou prestar os NIEMs este ano.

Arwen continuou calada. Roxa. Vermelha. Púrpura. Até esqueceu sua boa educação.

- A propósito, me chamo Chang. Cho Chang. Prazer.

*continua*
Arwen Lórien Potter às 18:49 h

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