sábado, janeiro 28, 2006

Quando nem tudo está perdido...

Depois que Dani Lupin lhe mostrara a carta da tia Joana pedindo pelamordemerlin e por tudo quanto for mais sagrado para sua amada e única filha que não tentasse contato com seu papis, o poderoso Lupão, Arwen desanimou um pouco. Afinal, como iniciaria suas buscas ao passado nebuloso de sua mãe e de sua família sem a ajuda do Lupão? Ainda restava Severus Morceguets Snape, vulgo Capitão Gancho, mas ela se recusara a procurar a ajuda daquele ser que tanto lhe havia espizinhado por razões tolas. Nâo, definitivamente, ela não precisava dele. Voltou sua atenção para seu "caixotinho" de pertences paternos e maternos. Recolheu o diário de sua mãe, o Anuário de Hogwarts de 1979 e retirou-se do dormitório feminino das quintanistas da Grifinória. Fazia muito frio, mas nem mesmo o vento cortante e gélido, como que anunciasse uma nevasca a caminho impediu a garota de rumar sozinha para o lago. Chegando na porta principal, o primeiro uivo do vento denunciou que suas luvas, seu gorro e seu cachecol não seriam suficientes para conter o frio. Resolveu procurar um canto qualquer para sentar-se e ler suas preciosas informações. Acabou se acomodando ali mesmo no salão principal, sentada no chão, como gostava de fazer. Abriu o diário de sua mãe e olhou novamente para a fotografia de seus pais com aquele casal estranho que acenava e ria pra ela. Quem seriam?

Foi quando o que parecia óbvio percorreu sua mente como um relâmpago. A moça da foto aparentava ter a idade de sua mãe. Haviam outras fotos das duas juntas, possivelmente eram amigas. E aqueles olhos tão violetas e tão incomuns lembravam muito o de alguém que ela conhecera esse ano... Será possível que Daryl Purple teria algum parentesco com a moça? Enquanto pensava no assunto e se sentia feliz por uma luz no fim do túnel aparecia para o recomeço das suas investigações, sentiu uma dor alucinante na perna direita e não conteve uma exclamação irritada.

- Ow, cuidado, olhe por onde anda! - reclamou a grifinória.

- Nada disso teria acontecido se você não estivesse sentada no meio do caminho - foi a resposta que obteve.

Olhou para os lados e viu alguns livros, penas e pergaminhos espalhados e um garoto alto, de olhos cinzentos, cabelos castanhos claro, vestes da Lufa-Lufa, muito parecido com o finado Cedrico Diggory exceto pelos óculos de grau, juntava seus pertences em silêncio e dirigiu-se novamente a ela.

- Não devia ficar sentada aí, outra pessoa pode não enxergar você tão pequena aí e tropeçar em você - completou estendendo a mão para que a garota se levantasse.

Meio corando, envergonhada pelo acesso de raiva súbita que lhe acometera, Arwen aceitou a ajuda do rapaz levantando-se do chão. Iria terminar suas investigações na sala comunal da grifinória, na frente da lareira quente e na sua poltrona favorita.

- Desculpe a grosseria, eu estava distraída com minhas preocupações... começou a menina.

- Não tem problema, desculpe a minha distração. Sou novo na escola, ainda estou meio perdido...

- Ah, seja bem vindo então! Arwen Potter, quinto ano, Grifinória, prazer! - falou estendendo a mão para cumprimentar o rapaz.

- Christopher Storm, sétimo, Lufa-Lufa. Pode me chamar de Chris, odeio meu nome. - respondeu o rapaz com um sorriso de matar qualquer garota solteira.

Arwen avistou ao longe os amigos Alexis Dumbledore e Joseph Belmont. Despediu-se com um aceno de cabeça para o rapaz e correu em direção a eles.
Arwen Lórien Potter às 11:30 h

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