sexta-feira, agosto 19, 2005

Na cidade dos Galadhrim

Caminhamos de olhos vendados durante toda a noite. E, nem de longe, parecíamos cansadas. Foi quando ouvimos a bela voz do elfo que nos acompanhava.

- Podemos parar agora. Chegamos.

O elfo tirou as vendas de nossos olhos. Meu queixo caiu e tive que respirar bem pausadamente para não perder o fôlego.

Estávamos em um enorme campo muito verde. Podíamos vislumbrar dali um monte coberto de grama fresca. No alto, árvores coroavam a colina. As mais externas eram de troncos brancos e sem nenhuma folhagem, mas ainda assim, magníficas. As mais internas eram os mallorns, as árvores altas, esguias e cobertas de folhas douradas.
No gramado piscavam pequenas estrelas. Abaixei-me para ver melhor e percebi que eram flores. Umas douradas em forma de estrelas, os elanor. Outras brancas e de aparência nebulosa - os ninphadil. Acima de tudo um céu tão azul que ofuscava a vista.

Olhei para Alexis e vi que ela esfregava os olhos e depois os arregalava. Tive certeza de que minha amiga estava se certificando de que estava, de fato, acordada. Eu, por mim, tinha cada vez mais certeza de que havia adentrado um sonho maravilhoso. Não pude deixar de pensar em Dani Lupin e Harry. Seria tão perfeito se estivéssemos todos ali!

Quando dei por mim já estávamos subindo a encosta. Logo alcançamos a coroa de árvores. Mais adiante, pudemos ver uma cidade verde, alta, iluminada pelo sol da manhã.

- Aqui está o coração do reino élfico - disse o elfo que nos guiara - esta é a cidade dos Galadhrim, onde reina a Senhora Galadriel de Lórien.

Atravessamos uma ponte branca e chegamos nos portões da cidade. O elfo bateu um sino, o que fez com que os portões se abrisses sozinhos. Entramos e eles se fecharam atrás de nós. A cidade era construída em cima das árvores. Continuamos por escadas e trilhas até nos depararmos com a maior de todos os mallorns. Ao seu lado havia uma grande escada branca e 3 elfos montavam guarda.

- A Senhora de Lórien espera por vocês. Por hora, despeço-me aqui.

O elfo conversou com os guardas em sua própria língua e acenou com a cabeça para nós, se retirando. Subimos as escadas até uma grande altura acima do solo. Entramos numa casa sobre a árvore tão grande como eu nunca conseguiria imaginar se não estivesse ali. Era iluminada por uma luz suave. Numa cadeira que mais parecia um trono, mais adiante, estava uma mulher alta, magra, de cabelos muito longos, dourados, de pele muito pálida. Fomos conduzidas até a sua presença.

A Senhora inicialmente nada falou. Apenas nos fitou, uma a uma, demoradamente. De repente todas as emoções dos últimos dias vieram à tona em minha mente como um turbilhão. Ela interrompeu o contato visual e meu coração serenou.
Arwen Lórien Potter às 22:19 h

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