segunda-feira, julho 11, 2005

O lago, a lula e os livros de Adivinhação

Do Diário de Arwen Potter

O tempo finalmente está um pouco mais agradável... nem tanto frio, nem calor insuportável. O dia está ensolarado.
Estou aqui sentada na beira do lago tentando digerir tantas novidades.
Ainda duvido que isso esteja acontecendo.
Fui ao escritório da Professora McGonnagal ontem depois do jantar, conforme o previsto...
Nhá, que bosta de pelúcio, eu não quero usar essa palavra! Nenhuma dessas! Previsto, previsão, premonição, adivinhação...
A conversa foi curta. E direta. E, por que não dizer, desanimadora?

- Arwen... precisamos reforçar seu horário.
- Hein? Como assim?
- Em vista dos acontecimentos recentes, acho que seria melhor você dispensar uma maior parte do seu tempo no estudo de Adivinhação.
- Hein? Mas Professora... a senhora acha que a Professora Sibila vai...
- Arwen, nem mais uma palavra sobre a Professora Sibila! Ela pode ser um tanto confusa e... bom, um pouco irritante às vezes. Mas é a Professora de Adivinhação da Instituição. E ela foi a autora da maior profecia das últimas duas décadas... Vai ser útil para você. Pode confiar em mim?
- Claro, professora. Por onde começo?
- Aqui está seu horário. E este é um vira-tempo.
- Hã? Eu vou usar um...
- Sim, e vai usá-lo muito. Ah, e aqui estão alguns livros para você consultar. Alguns eu retirei da Sessão Restrita da biblioteca. Depois conversamos sobre o uso e as condições de uso deste instrumento. Certo? Procure a Professora Sibila para combinar suas aulas extra também.
- AULAS EXTRA???
- Sim, Arwen. Horários depois dos habituais onde você vai ter um reforço. Menina, por Merlin, será que eu tenho que explicar tudo o tempo todo? Você é uma menina inteligente!
- Ah... bom... hum... É que eu ainda estou tentando assimilar tanta novidade.
- Compreensível. Agora vamos. Precisamos ir até o Escritório do Diretor.


*****


Caminhamos em silêncio. O som dos nossos próprios passos me incomodavam.
Chegamos e paramos defronte a gárgula de pedra. "Cerveja Amanteigada". E entramos.


- Arwen, agora você entra sozinha.

Entrei na sala do Diretor. Não estou acostumada a passear por lá, quem dirá duas vezes no mesmo dia.
O Chapéu Seletor olhava para mim...
Dumbledore apareceu.
- Arwen... gostaria apenas de lhe dar um presente.

E me entregou uma espécie de bacia.
- Isso é uma penseira. Igual a que eu tenho. Esta é sua. Para usá-la, concentre nos pensamentos que você quer retirar de sua mente e encoste a varinha nas têmporas. Depois toque a superfície do líquido com a ponta da varinha. É simples. Vai ser muito útil nos seus estudos. Ah, sim! Não permita jamais que pessoas observem a sua penseira! Agora vá. A Professora McGonnagal a levará de volta até a Torre da Grifinória.

Sai. Do lado de fora, a Professora Minerva me aguardava. Com livros e o vira-tempo. Caminhamos em silêncio.
Chegamos no quadro da mulher gorda.
- Arwen... os tempos estão mudando. E tudo vai ficar muito mais difícil para todos. É importantíssimo que você se empenhe ao máximo. Fui clara?
- Sim, professora.
- Ótimo. Agora vá descansar. Boa noite.


*****


Não dormi. Nadinha.
De manhã fui para a aula de Transfiguração. A Professora Minerva não tocou no assunto.
Agora estou aqui, na beira do lago... esperando a hora da aula do Hagrid. Não quero ver ninguém. Nem falar com ninguém.
Queria descobrir um meio de saber se de fato eu sou isso o que eles estão falando.
Pensei em escrever uma coruja para minha mãe... saber se temos videntes na família. Mais tarde eu faço isso.
Talvez eu procure Dumbledore... Mas não sei se ajudaria muito.
Nunca pensei que fosse gostar tanto da companhia da senhora, Dona Lula.
Arwen Lórien Potter às 09:48 h

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